www.publico.ptpublico.pt - 17 nov. 07:15

Portugal quer travar crescimento de Itália com vitória histórica

Portugal quer travar crescimento de Itália com vitória histórica

Basta um ponto à selecção portuguesa para assegurar a presença nas meias-finais da Liga das Nações. Fernando Santos alerta para a subida de produção de um adversário que em casa tem sido esmagador.

Portugal está perto, muito perto de marcar presença no play-off da Liga das Nações. Há um ponto a separar a equipa das meias-finais da primeira edição da competição e ainda dois jogos para o conseguir. O primeiro está agendado para esta noite, em Itália (19h45), e é o único que centra as atenções do campeão europeu, garante Fernando Santos: “Só trabalhámos este jogo, não observámos mais nenhum”.

Há razões fundadas para optimismo, que decorrem do trajecto da selecção na competição e do historial recente diante da “squadra azzurra”. E se é certo que o passado não ajuda a ganhar jogos, não será arriscado concluir que os últimos triunfos sobre Itália (em 2015 e há cerca de dois meses) e a liderança do Grupo 3 da Liga A contribuirão para manter em alta os níveis de confiança dos jogadores.

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“Vamos jogar contra um adversário poderoso e iremos procurar alcançar a vitória. Não estamos aqui para ‘matar o borrego’, a maior parte destes jogadores nem era nascida nessa altura. Se vocês não falassem disso nos jornais, eles, provavelmente, nem sabiam”, respondeu Fernando Santos, quando questionado sobre a oportunidade para ganhar, pela primeira vez na história, em solo italiano. Até à data, foram 12 jogos em Itália e um pesado castigo de 11 derrotas e um empate.

Para o seleccionador português, o que conta, de facto, é o momento que o adversário atravessa. Um momento que nada tem a ver com aquele que marcou o embate da “primeira volta”, no Estádio da Luz, em Lisboa. “O que importa é a qualidade individual e colectiva da Itália, saber o que temos de fazer e a nossa organização táctica e estratégica. Isso é que decide os jogos. Vai ser um grande espectáculo, com duas equipas fortíssimas. Uma selecção italiana que, de há dois meses para cá, tem tido uma evolução constante, até alterando a sua forma de jogar. Penso que, dos que jogaram em Lisboa, só três estarão presentes”, arrisca o técnico. 

Donnarumma, Jorginho e Chiesa são os nomes em que o staff português aposta para o “onze” transalpino. Do lado contrário, não se abriu o jogo relativamente à utilização de Raphael Guerreiro, cuja lesão motivou a chamada de última hora de Kevin Rodrigues. “É uma questão de precaução. Nos outros dias, teve algum desconforto. Entendemos que era melhor tomar essa precaução, se não ficaríamos sem mais nenhum lateral-esquerdo”, sublinhou Santos, que já contou com o jogador do Borussia Dortmund no treino de ontem.

Falta um ponto, reforce-se, para a qualificação. E mesmo que não seja alcançado em Milão, onde o Portugal-Itália terá direito a casa cheia (ontem já tinham sido vendidos mais de 68 mil bilhetes), há uma derradeira oportunidade de o conseguir em Guimarães, no dia 20, diante da Polónia. Para já, porém, Fernando Santos está apenas concentrado no primeiro round.

“Não pensámos sequer nisso. Estivemos focados no jogo com Itália. Preparámos bem, concentrados no nosso trabalho, mas com enorme respeito por todos os adversários. Itália é um dos pilares mundiais do futebol. É um confronto de alto nível, mas acredito que temos todas as condições para vencer”.

"Uma boa geração" ao dispor de Mancini

Ao contrário de Portugal, Itália precisa desesperadamente de uma vitória e ainda de outro deslize do campeão europeu no derradeiro encontro. Para acalentar esperanças de apuramento, terá de manter hoje a trajectória ascendente que tem vindo a trilhar, numa fase de transição e de renovação da qual o seleccionador Roberto Mancini não quererá abdicar.

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“Temos uma boa geração de jogadores, de 18, 19, 20 anos, que são muito talentosos e que precisam de jogar. Mas contamos também com jogadores com experiência, como o Bonucci, o Chiellini ou o Verratti, que fazem a equipa crescer”, contextualizou o técnico, na conferência de imprensa de lançamento da partida. Entre os jovens valores conta-se Nicolò Barella, sério candidato a um lugar no “onze” inicial. Com características de um box-to-box, o médio do Cagliari, de 21 anos, foi internacional em todas as etapas da formação e tem recolhido rasgados elogios nos últimos anos, incluindo de “vultos” como Alessandro del Piero ou Andrea Pirlo.

Mas Mancini está obrigado a fazer uma alteração face à equipa inicial que enfrentou a Polónia, no mês passado. Em virtude da ausência de Bernardeschi, a opção por um falso nove (no caso foi Insigne) poderá cair por terra e, nesse cenário, Ciro Immobile deverá actuar como referência mais fixa no ataque — o avançado da Lazio soma oito golos em 11 jogos na Série A, na presente temporada.

Outra das preocupações do seleccionador de Itália passa por anular o adversário, ao qual reconhece “tremenda qualidade” no momento da organização ofensiva. Para isso, conta com uma dupla de centrais altamente experiente, um dos quais se prepara para aceder à restrita galeria dos jogadores com 100 internacionalizações pela “squadra azzurra”. Salvo algum imprevisto de última hora, Giorgio Chiellini, capitão da Juventus, juntar-se-á hoje a Buffon, Cannavaro, Paolo Maldini, De Rossi, Pirlo e Zoff.

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