eco.pt - 13 nov. 21:13
Petróleo afunda 8% e penaliza Wall Street
Petróleo afunda 8% e penaliza Wall Street
As principais bolsas norte-americanas não resistiram e fecharam no vermelho pressionadas pela forte desvalorização do preço do petróleo.
A queda do preço do petróleo nos mercados internacionais continua a fazer vítimas. Depois de ter pressionado a bolsa de Lisboa com as ações da Galp a caírem mais de 4%, é agora a vez de Wall Street não resistir à queda do “ouro negro”.
As principais bolsas norte-americanas fecharam a sessão desta terça-feira em terreno negativo. O S&P 500 desvalorizou 0,15% para os 2.722,00 pontos, enquanto que o Dow Jones caiu 0,4% para os 25.286,49 pontos. O tecnológico Nasdaq que até abriu a sessão a valorizar depois das fortes quedas verificadas na segunda-feira, devido à desvalorização da Apple, não resistiu e fechou inalterado nos 7.200,87 pontos.
O preço do petróleo caiu mais de 8% depois de Donald Trump ter pressionado a OPEP para que não corte a produção da matéria-prima. A queda do preço do crude acabou por fazer mossa nas energéticas que assim arrastaram os principais índices bolsistas.
O preço do brent em Londres, referência para as importações nacionais, registou a sexta sessão consecutiva de desvalorização, com a cotação da matéria-prima negociada em Londres, a cair mais de 7%. Já nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate registou quedas de 8%.
Em causa estão as declarações do presidente americano a pressionar os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo para que não cortem a produção da matéria-prima. Depois de a Arábia Saudita ter mostrado receio de um cenário em que a produção é superior ao consumo, o Chefe de Estado norte-americano recorreu ao Twitter para colocar pressão sobre o cartel.
“Espero que a Arábia Saudita e a OPEP não cortem a produção de petróleo. Os preços do petróleo devem ser bem mais baixos com base na oferta!”, afirmou Trump.
A forte queda do preço do petróleo acontece num dia em que os investidores se mostravam esperançados pela perspetiva de um acordo entre os Estados Unidos e a China, depois de se saber que está previsto um encontro informal entre Trump e Xi Jinping na cimeira do G20, que se vai realizar no fim deste mês na Argentina. Este recomeçar das conversações foi visto pelos mercados com um indicador positivo e um atenuar das tensões comerciais entre os dois países.