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Escola Superior de Enfermagem de Coimbra vai ter mais bolsas e investigação

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra vai ter mais bolsas e investigação

Protocolo firmado com o Santander Universidades apoia também a mobilidade de docentes e estudantes. Para estes há ainda um cartão inteligente

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESENFC) é a mais recente instituição de ensino superior a integrar o cosmos do programa Santander Universidades. O recém-assinado protocolo de mecenato garante que, a partir deste ano e até 2022, esta escola vê o aumentado o seu financiamento para iniciativas que vão da investigação aos cartões de estudante inteligentes.

“Este mecenato do Santander vai permitir apoiar algumas mobilidades internacionais, situações sociais, financiamento para divulgação científica, estágios de recém-diplomados, etc. Enfim, um conjunto de apoios importantes para a missão da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra”, explicou Fernando Henriques, vice-presidente da ESENFC.

Quer isto dizer que, graças ao acordo assinado no passado dia 9 de outubro, haverá um reforço do grau de internacionalização universitária desta escola de enfermagem – através da mobilidade de estudantes, docentes e investigadores – e do fundo de apoio social, que permite ajudar alunos com dificuldades económicas.

Outra das áreas visadas pela parceria ESENFC-Santander Totta diz respeito a iniciativas de aproximação ao mercado de trabalho. Neste âmbito, o protocolo irá facultar a esta escola o acesso ao Programa de Bolsas de Estágio Santander Universidades. Para isso, apoiará medidas que “contribuam para a aproximação da escola ao tecido empresarial, com o objetivo de facilitar a entrada dos seus estudantes no mercado de trabalho”, lê-se no documento assinado.

Esta é uma área importante mas em que a ESENFC até dá cartas, já que tem uma taxa de empregabilidade digna de inveja. “Temos cerca de 2.500 estudantes de enfermagem, entre licenciatura e mestrado. Somos a maior escola de enfermagem a nível nacional, mas a taxa de empregabilidade é muito alta: no fim do último ano letivo foi de quase 100%”, disse Fernando Henriques.

Mais investigação

“Desenvolver a investigação e a sua aplicação comercial e fomentar a inovação e o empreendedorismo” é outra das vertentes visadas pelo protocolo. Um facto que agradou especialmente aos responsáveis desta instituição.

Fernando Henriques, vice-presidente da ESENFC, falou das vantagens que o protocolo de mecenato vai trazer à escola que dirige.

Fernando Henriques, vice-presidente da ESENFC, falou das vantagens que o protocolo de mecenato vai trazer à escola que dirige.

“A ESENFC tem uma unidade de investigação que é acreditada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e temos inúmeros projetos e ideias para desenvolver”, avançou Fernando Henriques. “Nem sempre tem sido possível o seu financiamento – embora tenhamos alguns financiados por fundos europeus e outros pela própria FCT. Este mecenato vai apoiar alguns projetos interessantes para os quais não temos outras fontes de financiamento”, confessou o vice-presidente da escola.

A título de exemplo do tipo de investigação possível na área da enfermagem e que a ESENFC leva a cabo, o responsável referiu um novo tipo de seringa. “De certa forma, é um projeto de natureza tecnológica, mas em que, em função de uma necessidade que foi sentida, está a ser desenvolvido um protótipo de seringa que vai ser agora testado num conjunto de instituições de saúde”, explicou. A investigação da ESENFC desenvolve-se tanto ao nível das ferramentas e tecnologias, como das metodologias e técnicas de trabalho. “Por exemplo, temos uma linha de investigação sobre os cuidados aos idosos e outras em diversas outras áreas”, disse Fernando Henriques.

Outro aliciante da parceria com o Santander Universidades reside no acesso ao Cartão Universitário Inteligente, um documento de identidade que agiliza os procedimentos da comunidade académica, reduz custos e aumenta a segurança de pessoas e património da universidade. Desenvolvido pelo núcleo tecnológico do Banco Santander, este cartão pode servir como meio de controlo de acesso a recintos do campus e a computadores, permite a gestão de empréstimos de livros nas bibliotecas, a obtenção de descontos no comércio que a ele aderir e faz de porta-moedas eletrónico, para pagamentos dentro das universidades e nos transportes. E, tal como quase tudo hoje em dia, pode ser gerido através de uma app para telemóvel.

O “banco das universidades”

A procura deste novo parceiro pela ESENFC não foi fruto do acaso: afinal o Santander descreve-se a si mesmo como “o banco das universidades” por prestar apoios que afirma serem “únicos no panorama nacional” a mais de meia centena de instituições do ensino superior em Portugal.

“Andámos à procura e o Santander é um banco que se tem dedicado muito a estes apoios a universidades portuguesas”, confessou o vice-presidente da ESENFC. “Depois, houve um processo de aproximação e de diálogo que permitiu estabelecermos um protocolo com o Santander, que envolve estas várias áreas”, concluiu o responsável.

A ESENFC é agora mais uma instituição a engrossar aquela “mais de meia centena” de escolas superiores apoiadas pelo Banco Santander Totta, que, segundo dados si próprio, despende seis milhões de euros por ano no ensino superior. Entre bolsas, prémios e apoios variados, milhares de estudantes, professores e investigadores – só bolsas, são mil por ano – prosseguem os seus interesses graças ao financiamento do Santander Universidades.

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