www.dinheirovivo.ptdinheirovivo.pt - 19 jul. 17:01

easyJet queixa-se das taxas que vão voltar a subir

easyJet queixa-se das taxas que vão voltar a subir

Taxas aeroportuárias vão subir em Lisboa e no Porto nos dois últimos meses do ano. easyJet diz que "faz com que Portugal seja menos competitivo”.

O congestionamento no aeroporto de Lisboa e a falta de capacidade temporária no do Porto estão a
refletir-se na operação da easyJet. O responsável pela companhia em Portugal esteve esta quarta-feira na feira de aviação Farnborough International Airshow, em Londres, onde lembrou aos jornalistas que “estamos a perder oportunidades” para outros mercados.

Sem avançar números, José Lopes afirmou que “Lisboa vai ficando um pouco para trás e este verão, que está a decorrer, o crescimento será zero por falta de capacidade”. O aeroporto complementar no Montijo “é mais lá para frente” e é necessário “encontrar soluções” até lá, sublinha.

“O fecho da pista transversal – pelo Ministério do Planeamento e das Infraestruturas que não reúne com o grupo de trabalho criado há sete meses para fechar conclusões -, o investimento da ANA – Aeroportos de Portugal por forma a estender a taxiway [pista do aeródromo] na Portela e mais saídas rápidas”, detalhava José Lopes, são medidas que a easyJet apoia.

O diretor da easyJet em Portugal deixa o aviso: “A política da ANA é cavalgar a onde de Portugal estar na moda, mas é um pouco matar a galinha dos ovos de ouro. Estamos pouco a pouco a deixar de ser competitivos e vamos perder oportunidades em comparação com outros mercados”.

José Lopes lembra que “se nós depois não temos outros fatores como as taxas aeroportuárias ou os custos de handling [serviços de apoio] a compensar, Portugal fica sempre pior na análise de abertura de uma rota nova”.

“Sempre dissemos que as taxas são negativas para o crescimento do tráfego porque faz com que Portugal seja menos competitivo”, frisou, referindo-se ao ajustamento tarifário em Lisboa e Porto, de 1,63% e 1,01%, respetivamente, em novembro e dezembro.

Na base dos argumentos da ANA – Aeroportos de Portugal está o “crescimento mais acentuado do número de passageiros do que o previsto” no início do ano. A gestora dos aeroportos nacionais disse ao Dinheiro Vivo que as taxas estão, atualmente, “abaixo do valor que poderia ser fixado” ao abrigo do contrato de concessão, assim como 16,8% abaixo da média europeia.

Já José Lopes não desarma e diz que o “crescimento do tráfego em Portugal está a ser criado exclusivamente pelas companhias de aviação e às custas das suas margens”.

Relativamente à possibilidade de encaixar mais voos noturnos, o responsável lembrou que a Câmara Municipal de Lisboa é “agressivamente contra qualquer tipo de extensão do horário”. José Lopes diz que é ma hipótese que “tem de voltar a ser conversada com um pouco mais de tranquilidade do que foi até agora”.

*A jornalista viajou a convite da easyJet

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