observador.ptobservador.pt - 18 out. 15:27

Do presidente Maniche ao “hipster” Poborsky, o que fazem os ex-jogadores de Mourinho no Benfica?

Do presidente Maniche ao “hipster” Poborsky, o que fazem os ex-jogadores de Mourinho no Benfica?

José Mourinho defronta pela primeira vez o Benfica, clube que orientou entre setembro e dezembro de 2000. Daí para cá, teve uma carreira de sucesso. Tal como alguns dos ex-atletas em diferentes áreas.

Karel Poborsky. Ainda se recorda? Aquele extremo que passou pelo Benfica e que deu alcunha a muitos miúdos no final dos anos 90 quando havia aquela mania dos cabelos compridos? Hoje tem 45 anos e ostenta um ar hipster entre uns quilinhos a mais que consegue mais ou menos disfarçar. E ainda joga muito, como se conseguiu ver numa digressão recente das velhas glórias do Manchester United pela Austrália (no futebol e no futsal).

José Mourinho. Dia 1 no Benfica

O checo que os portugueses começaram por conhecer pelas piores razões no plano desportivo – com aquele golo fabuloso a Vítor Baía, num chapéu, nos quartos-de-final do Europeu de 1996, que lhe valeu uma passagem do Slavia de Praga para o Manchester United – era uma das principais figuras do Benfica nos três meses em que José Mourinho esteve à frente da equipa, em 2000. Acabaria por sair pouco depois do técnico para a Lazio, rumando em 2002 ao Sparta de Praga antes de terminar a carreira no clube onde começou a jogar, o Ceské Budejovice, em 2007. Nos últimos dez anos, esteve também ligado ao futebol checo e foi embaixador de uma empresa de apostas.

Já Maniche, nessa altura um jovem médio ainda com muito trabalho pela frente (e que foi expulso no primeiro jogo de Mourinho no Benfica, frente ao Boavista), foi o jogador desse lote de elementos com maior sucesso nos relvados: além das passagens por todos os grandes campeonatos europeus (no FC Porto, Dínamo Moscovo, Chelsea, Atl. Madrid, Inter, Colónia e Sporting), foi durante muitos anos figura de destaque da Seleção Nacional vice-campeã europeia e quarta classificada no Mundial. Terminou a carreira em 2012, chegou a ser adjunto do ex-companheiro Costinha na Académica e detém desde agosto a maioria da SAD dos madeirenses do Camacha.

Após terem sido campeões europeus no FC Porto, Mourinho foi resgatar Maniche à Rússia no Chelsea (Julian Finney/Getty Images)

José Mourinho está de regresso a uma casa que conhece bem, orientando agora o Manchester United (depois das passagens por U. Leiria, FC Porto, Chelsea, Inter e Real Madrid, com dezenas de títulos nacionais e europeus) num encontro da Champions frente ao Benfica na Luz (19h45). O técnico português já defrontou o FC Porto e o Sporting, mas faz hoje a estreia em termos oficiais contra os encarnados. Mas, 17 anos depois, o que é feito dos 22 jogadores utilizados pelo Special One na passagem pelas águias entre setembro e dezembro de 2000?

José Mourinho na Europa. 15 anos, 4 títulos. É bom? Não, é Special para One

Há vários exemplos de diferentes caminhos, uns mais “naturais” do que outros. Diogo Luís, Calado, Dani e Van Hooijdonk passaram para o papel de comentadores, utilizando toda a sua experiência nos relvados para dar a outra face nos programas de futebol. Já Ronaldo (que teve também uma empresa de eventos), Marchena, Uribe, Chano ou Sabry continuaram no trabalho de campo, como treinadores principais – nos seniores ou na formação – ou adjuntos. Depois, há os casos de Rojas (fazendeiro em Misiones, no Paraguai), Carlitos (proprietário de um restaurante em Barcelos, além de outros investimentos no ramo imobiliário) e Fernando Meira (que abriu uma empresa com os ex-jogadores Pedro Mendes e Nuno Assis e tornou-se agente FIFA).

O último onze do Benfica de Mourinho, no dérbi com o Sporting (3-0): Diogo Luís, Van Hooijdonk, Miguel, Fernando Meira e Marchena em cima; Enke, Chano, Maniche, Calado, Dudic e Carlitos em baixo (Allsport UK /Allsport)

Por fim, mas sempre em primeiro, Robert Enke, o alemão que desapareceu em novembro de 2009 aos 32 anos e que foi o único jogador totalista enquanto Mourinho esteve no Benfica (passaria ainda por Barcelona, Fenerbahçe, Tenerife e Hannover). “Foi o meu primeiro guarda-redes. Recordo dele a serenidade, a simpatia, a educação, o profissionalismo, as preocupações de caráter social e não só. Era um homem com ambição de singrar na vida e na carreira. Por tudo isto, a sua morte trágica deixa-me ainda mais chocado. Que descanse em paz”, comentou o técnico.

O guardião que tinha medo de falhar e “se culpava muito”

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