computerworld.com.pt - 18 out. 16:50
Blockchain está ao serviço dos pagamentos transfronteiriços
Blockchain está ao serviço dos pagamentos transfronteiriços
A rede assente em tecnologia Blockchain da IBM foi desenhada para acelerar os pagamentos transfronteiriços.
A IBM anunciou uma rede de Blockchain para o sector bancário que visa ajudar as instituições financeiras a processar pagamentos transfronteiriços mais rápida e economicamente na região do Sul do Pacífico.
A solução já está a processar transacções em 12 moedas nas ilhas do Pacifico e Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido, na sequência da adopção por parte dos membros da Advanced Pacific Financial Infrastructure for Inclusion (APFII), uma parceria público-privada fundada pelas Nações Unidas e pela SWIFT. A rede deverá processar 60% dos pagamentos transfronteiriços da banca de retalho na região do Pacífico Sul, no início do próximo ano.
A rede deverá processar 60% dos pagamentos transfronteiriços da banca de retalho na região do Pacífico Sul, no início do próximo ano.
Assente na plataforma Blockchain Hyperledger Fabric da IBM, a rede, anunciada segunda-feira, foi desenhada para reduzir os tempos de compensação e liquidação e reduzir globalmente os custos de conclusão dos pagamentos para empresas e consumidores, anunciou a companhia.
Segundo a gigante tecnológica, vários bancos comerciais vão ser convidados a juntar-se à rede durante o próximo ano.
A solução foi implementada em colaboração com a rede open-source Blockchain Stellar.org e com o sistema de pagamentos transfronteiriços do Grupo KlickEx. “É a primeira vez que alguém trabalhou o Blockchain a uma escala institucionalmente viável”, aponta Robert Bell, chairman da APFII e fundador do Grupo KlickEx.
“É a primeira vez que alguém trabalhou o Blockchain a uma escala institucionalmente viável”, aponta Robert Bell, chairman da APFII e fundador do Grupo KlickEx.
“Através da KlickEx, o Pacífico já tinha um sistema de pagamentos multi-moeda, de custos reduzidos e em tempo real há praticamente dez anos e este projecto era um passo natural, na sequência do trabalho desenvolvido na criação de um sistema de pagamentos sem fronteiras na região. Estamos ansiosos pelos resultados da utilização do Blockchain da IBM para cumprir a missão de eliminar quaisquer fricções nos pagamentos transfronteiriços”, acrescenta Robert Bell.
Utilizando uma cadeia distribuída de Blockchain, todas as partes têm acesso e informações sobre compensações e liquidações de transacções financeiros. ´Foi desenhada para aumentar os fluxos financeiros a nível mundial, para todos os tipos de pagamentos e valores e permite às instituições financeiras escolher a sua rede de liquidação preferida para a transacção de activos digitais emitidos pelos bancos centrais, assinala a IBM.
Já foram feitas várias provas de conceito de tecnologia Blockchain na Austrália este ano, incluindo empresas de distribuição de correio, retalhistas de electricidade e bancos. Neste caso, um banco central e o tesouro nacional alegaram ter criado as primeiras cripto-obrigações de um Estado, mas a adopção generalizada parece estar abaixo das expectativas.
Por Computerworld TagsInstituições financeiras aderem a plataforma de Blockchain Batavia
No início deste mês a IBM e o Grupo UBS revelaram a iniciativa conjunta “Batavia”, que visa criar uma plataforma de transacções financeiras comercial aberta baseada em Blockchain. A Batavia, criada originalmente em 2016 pela IBM e pelo Grupo UBS, passou a integrar também o CaixaBank, o Bank of Montreal, o Commerzbank e o Erste Group.
“Com a orientação de algumas das maiores instituições financeiras mundiais, a IBM está a explorar novas formas de criar redes de pagamento mais eficientes e transparentes para que a actividade bancária possa acontecer em tempo real, mesmo nas zonas mais remotas do mundo”, disse Bridget van Kralingen, vice-presidente sénior das plataformas de indústria da IBM.
“Tornar as tecnologias de registo distribuídas mais interoperacionais é o mais recente exemplo da liderança da IBM na condução de um avanço rápido do Blockchain”, acrescentou.
“A nova plataforma pode ser acedida por organizações de todas as dimensões e em qualquer lugar do mundo, e pode apoiar o financiamento comercial para transacções de todas as formas de comércio, quer os bens sejam transportados por via aérea, terrestre ou marítima”, explica a IBM em comunicado.
As primeiras transacções piloto com cliente na rede Batavia estão previstas para o início de 2018, com o objectivo de testar e aperfeiçoar a plataforma.
“A natureza aberta da plataforma, que incentiva a ampla participação de muitos bancos, fornecedores e reguladores, também irá ajudar a abrir novos corredores comerciais, trazendo novos intervenientes para o mercado e agilizando processos que antes eram excessivamente demorados e caros”, conclui a nota de imprensa da IBM.