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De súbito Almada

De súbito Almada

Crónica Por Lisboa

Estaríamos a mentir se escrevêssemos que somos surpreendidos por uma obra do mestre ao passarmos à frente do número 101 da Avenida 5 de Outubro. Na verdade precisamos de entrar nos escritórios em Lisboa da AICEP e tentar abstrairmo-nos de duas mesas, outras tantas meninas, computadores e muito acrílico para conseguirmos ver uma tapeçaria desenhada por Almada Negreiros.

Chama-se Portugal, nome adequado para estar na entrada da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, mede 12,6 metros de comprimento e foi tecida em Portalegre, em 1957. Não deixa de ser uma surpresa encontrá-la ali, quase escondida. Claro que apetecia vê-la num local que permitisse mais recuo e sem ter nada a tapá-la, mas mesmo assim sabe bem. Num périplo por “Lisboa de Almada” ela estaria logo a seguir aos vitrais da igreja de Nossa Senhora de Fátima, a cinco minutos a pé.

A colaboração do artista com a Manufatura de Tapeçarias de Portalegre começou em 1949, com Bailarina, mas as mais conhecidas serão as da série Centauro do Hotel Ritz. Agora que já terminou a sua exposição na Fundação Gulbenkian, ganhe-se lata para entrar na AICEP e encher os olhos com as cores da vegetação, mais rio e sol, barco rabelo e pipas.

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