rr.sapo.ptrr.sapo.pt - 27 jul. 01:49

160 mil pessoas numa chamada no Zoom? Sim, para apoiar Kamala Harris

160 mil pessoas numa chamada no Zoom? Sim, para apoiar Kamala Harris

A chamada contou com a participação da cantora Pink e Megan Rapinoe, a estrela norte-americana de futebol feminino. Foram angariados 8,5 milhões de dólares para a campanha da vice-presidente dos EUA.

Mais de 160 mil pessoas participaram, na noite de quinta-feira, numa chamada via Zoom para angariar apoios para a candidata presidencial democrata Kamala Harris entre as mulheres caucasianas, um grupo demográfico de eleitores cuja maioria apoiou o candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de 2016 e 2020.

Organizada por Shannon Watts, fundadora do "Moms Demand Action" - um grupo promotor da regulação de armas de fogo com cerca de 10 milhões de membros -, a videochamada incluiu ativistas, autoras de podcasts, a cantora Pink, a futebolista Megan Rapinoe, e eleitores comuns, vários dos quais disseram arrepender-se de não terem feito o suficiente antes da eleição de 2016, que colocou Trump na Casa Branca.

Segundo a própria Shannon Watts, a angariação de fundos da videochamada conseguiu juntar 8,5 milhões de dólares para doar à campanha de Kamala Harris. A campanha, anteriormente de Joe Biden, terminou junho com 96 milhões de dólares nas contas bancárias, mas angariou quase 130 milhões apenas nas 48 horas seguintes ao anúncio da transição da campanha do Presidente para a vice-presidente dos EUA.

Várias videochamadas de apoio à candidatura de Harris para a eleição de 2024 foram organizadas à pressas após o anúncio do presidente Joe Biden, no passado domingo, de que desistia da nomeação democrata para a corrida à Casa Branca em 2024.

Horas após o anúncio de Biden, mais de 40 mil pessoas juntaram-se a outra chamada via Zoom, desta vez para apoiantes afro-americanas. Uma outra, para homens afro-americanos, reuniu na segunda-feira mais de 50 mil pessoas, e houve ainda chamadas separadas para mulheres sul-asiáticas, aliados LGBTQ e homens caucasianos.

O objetivo “é garantir que estamos a usar o nosso poder económico e político para ajudar a eleger Kamala Harris”, disse Watts. “As mulheres caucasianas já falharam muitas vezes quando se trata de votar em um candidato presidencial", reforçou.

Este grupo demográfico apoiou Donald Trump em vez de Hillary Clinton em 2016, por 47% a 45%, segundo a Pew Research. Na eleição de 2020, um número ainda maior de mulheres brancas, 53%, apoiou Trump.

Os Democratas acreditam que o apoio republicano à proibição do aborto, colocado em destaque desde a decisão do Supremo Tribunal que anulou o precedente jurídico Roe v. Wade em 2022, motivará as mulheres jovens a ir votar, atrairá mulheres independentes e potencialmente atrairá algumas mulheres republicanas para os democratas.

A campanha de Trump está a mudar de estratégia para combater Kamala Harris, com o objetivo de aproximá-la das políticas de Biden e do aumento de migrantes que cruzam a fronteira sul dos EUA.

Na chamada de quinta-feira, os participantes discutiram estratégias, incluindo contactar com grupos de amigos, a angariação de fundos e o combate à desinformação.

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