rr.sapo.ptrr.sapo.pt - 2 mai. 07:08

Feira do Livro de Lisboa pode vir a ter um país ou uma cidade convidada

Feira do Livro de Lisboa pode vir a ter um país ou uma cidade convidada

Depois da experiência de Buenos Aires, em que a Feira do Livro tem a cidade de Lisboa como convidada, Carlos Moedas admite a hipótese replicar o modelo.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, admite a hipótese de replicar o modelo da Feira do Livro de Buenos Aires em Lisboa

Em resposta a uma pergunta da Renascença, o autarca de Lisboa esclarece que há uma diferença de dimensões entre a feira de Buenos Aires e a de Lisboa, mas considera a hipótese de em Lisboa ter uma cidade ou um país convidado.

“Temos aqui muito a ganhar neste intercâmbio de ideias de termos países ou cidades convidadas em Lisboa, de trazermos esta mistura que aqui também há entre a arte, a literatura, a música”, explica o autarca que sublinha ainda o facto da Feira não ser apenas no recinto. “Isso é trazer a Feira para a cidade”, afirma Moedas que manifestou agrado quanto ao modelo.

Moedas está há dois dias na Argentina, onde assitiu a uma conversa com o humorista Ricardo Araújo Pereira e percorreu a Feira do Livro que tem Lisboa como cidade convidada este ano.

O autarca tem desenvolvido contatos para criar ligações que perdurem para lá da Feira do Livro de Buenos Aires. Uma das apostas passa por um programa de traduções.

“Muitos dos nossos autores não têm oportunidade de ser traduzidos de um dia para o outro e muitos destes jovens que vêm aqui, vão passar a ser traduzidos em espanhol, na Argentina”, explica Moedas que fala numa “uma grande oportunidade” para os autores portugueses.

Moedas acrescenta que quer também apoiar “aqueles que são os argentinos e que querem estar em Lisboa”. Nesse sentido, já reuniu com o Ministério dos Negócios Estrangeiros argentino, onde foi avaliada a hipótese de “fazer também este intercâmbio das traduções”.

O presidente da autarquia que organizou a presença portuguesa na Feira de Buenos Aires, questionado sobre o facto de alguns editores presentes na feira referirem que este ano há menos procura e menos leitores no evento, apontou a situação económica Argentina como um fator, mas não quis tecer grandes considerações.

No entanto, Moedas lembra o esforço que o Pavilhão de Lisboa e a sua livraria estão a fazer para apresentar aos argentinos bons preços. “Está a ver ali o ‘Livro do Desassossego’ de Fernando Pessoa? Custa 22 euros na nossa livraria e custa 32 euros nos outros, portanto, nós fizemos esse esforço e tivemos essa capacidade”, destaca Moedas que explicou ainda que os livros portugueses que não forem vendidos durante a feira não regressarão a Lisboa, serão antes doados a bibliotecas da Argentina.

A Renascença viajou para Buenos Aires a convite da Câmara Municipal de Lisboa

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