expresso.pt - 1 out. 19:15
Irão retalia contra Israel: “É um ponto de viragem, estamos num momento perigosamente imprevisível”
Irão retalia contra Israel: “É um ponto de viragem, estamos num momento perigosamente imprevisível”
A questão já não reside no Irão, que se mostra disponível para ataques estratégicos apenas para salvar a face. A incógnita está do lado israelita e na leitura que Benjamin Netanyahu fará da retaliação que Teerão resolveu lançar esta terça-feira. Telavive já prometeu que as ações da República Islâmica terão “consequências”
“Vão atacar esta noite, já não é questão de ‘se’”, afirmava ao Expresso Bruce Maddy-Weitzman, perito em estudos do Médio Oriente na Universidade de Telavive, referindo-se aos ataques iminentes do Irão dirigidos a Israel. Em conversa com o Expresso, afirmava que, desta vez, ao contrário do que aconteceu em retaliação após o ataque israelita a uma embaixada em Damasco, os iranianos tentariam ter “mais êxito, evitando ao mesmo tempo uma guerra total”. O analista sugeria ainda que poderiam ser lançados mísseis mais precisos do Líbano, ou seja, com tempo de chegada mais curto.
À hora da publicação deste artigo, o ataque iraniano já aconteceu e até já acabou: foram lançados quase 200 mísseis em direção a Israel. Ouviram-se sirenes em Telavive e Jerusalém, e as Forças de Defesa de Israel (FDI) adiantaram que todos os civis israelitas foram deslocados para abrigos antiaéreos, enquanto rockets do Irão eram disparados contra Israel.
O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irão, principal ramo das Forças Armadas do país, confirmou que a enxurrada de mísseis disparados contra Israel era uma retaliação pelo assassínio dos dirigentes do Hezbollah e do Hamas. O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em Teerão em julho; na semana passada, morreu no Líbano o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
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