Liliana Valente - 1 out. 07:21
No dia em que este Governo depender de um acordo com o PS, acabou
No dia em que este Governo depender de um acordo com o PS, acabou
Se se entende, pelos valores políticos, mas também estratégicos, que o PSD mantenha a sua vontade do “não é não” e faça do PS o seu suposto parceiro preferencial, também é preciso perceber que é natural que o PS se queira distinguir do PSD, não se amarrando a um Governo com um projeto político e económico totalmente diferente do seu
António Costa tinha um pensamento sobre o espectro político que rezava assim: haveria uma crescente bipolarização na vida política portuguesa, ao PS caberia liderar o bloco da esquerda e ao PSD o bloco da direita. Este pensamento era repetido numa recusa constante de qualquer bloco central, estrutural ou circunstancial, nos instrumentos de governação – leia-se Orçamento do Estado. No resto, a conversa era outra. Era uma ordem da política nacional que fazia com que a alternância na governação fosse entre dois projetos distintos a nível económico, financeiro e nas áreas sociais, ainda que em partes (sobretudo nas áreas de soberania) coincidentes.
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