www.publico.ptpublico@publico.pt - 30 set. 20:41

A TAP no passado e hoje

A TAP no passado e hoje

Esperamos que o Governo da AD concretize a sua privatização, pela melhor oferta da Lufthansa, ou da KLM/Air France, que já manifestaram o seu interesse em adquirir a percentagem anunciada.

Antes do 25 de Abril de 1974, a TAP era uma empresa lucrativa e bem gerida pelo eng. Vaz Pinto, que distribuía os lucros da empresa pelos seus trabalhadores.

Depois, a TAP passou a ser dominada pelo poder revolucionário, que, além de abusivas ocupações, deteve como reféns alguns gestores e administradores que fizeram da TAP uma empresa exemplar e respeitada, a nível internacional. A TAP era então reconhecida como a companhia de aviação mais segura a nível mundial, graças à competência dos seus engenheiros e restante pessoal da manutenção da empresa.

Depois, passou a ser um albergue de políticos sem conhecimentos de aviação comercial, que arruinou a empresa económica e financeiramente e destruiu a sua reputação internacional.

Mais tarde, devido à governação de José Sócrates, os portugueses sofreram as consequências de mais uma bancarrota. Daí não haver dinheiro para pagar aos pensionistas, nem aos funcionários públicos.

Para resolver este problema, José Sócrates chamou a troika para o ajudar e emprestar a Portugal 78 mil milhões de euros. No entanto, para obter este empréstimo, a troika exigiu-lhe a privatização da TAP, ANA-Aeroportos, REN, EDP e de outras empresas públicas.

Dai poder afirmar-se, sem receio de ultrajar a verdade, que o Governo de José Sócrates, entre 2005 e 2010, é o principal responsável não só pela falência de Portugal, mas também pela falência e descrédito internacional da TAP, que estava completamente descapitalizada.

Depois, quem cumpriu o programa imposto pela troika e assinado por José Sócrates, foi o Governo de Passos Coelho, que sofreu as consequências impostas. Apesar disso, deixou a economia e as finanças do país no rumo certo.

Entretanto, a falida TAP continuava sem esperança de voltar a ser bem gerida e lucrativa. Por isso, continuava a necessitar de milhões de euros do Estado, para poder sobreviver e não fechar as portas, como muitos portugueses defendiam.

Em 2015, Passos Coelho ganhou as eleições. Porém, António Costa, para concretizar o seu sonho de ser primeiro-ministro, decidiu juntar-se ao PCP e a outros partidos de esquerda, que colaboraram na criação da "geringonça". No entanto, o PCP exigiu-lhe não só a nacionalização da TAP, como de outras empresas de transporte e o fim das PPP da Saúde, as quais prestavam um serviço de qualidade aos doentes e davam lucro ao Estado.

A partir de então, a TAP afundou-se em mais dívidas públicas que ainda estão a ser pagas pelos portugueses, que, além disso, ainda sofrem as consequências do aumento de impostos criados pelo Governo de António Costa.

Entretanto, a TAP continuava a afundar-se em termos económicos e financeiros. Em 2020, o Grupo TAP perdeu 1418 milhões de euros! Antes, em 2019, a TAP teve 105 milhões de euros negativos.

Em 2023, como Sérgio Monteiro afirmou no Parlamento, “a TAP não tinha dinheiro para pagar à Airbus os aviões A350 que tinham sido comprados, nem os aviões que já lhe estavam encomendados!

No Governo de António Costa, o ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, reduziu salários aos funcionários, despediu pilotos e outro pessoal e enterrou na falida TAP mais 3200 milhões de euros do Estado, que vão ser pagos com juros bem elevados pelas novas gerações.

Hoje, a TAP continua a ser uma empresa que sobrevive à custa do Estado e dos impostos dos contribuintes, para não fechar as portas como aconteceu com as companhias aéreas Sabena e Alitalia.

Apesar disso, a TAP parece não estar interessada em dar informações publicamente, sobre a sua gestão, a sua estratégia comercial e das suas previsões a nível económico, financeiro e operacional.

Perante tudo isto, esperamos que o Governo da AD concretize a sua privatização, pela melhor oferta da Lufthansa, ou da KLM/Air France, que já manifestaram o seu interesse em adquirir a percentagem anunciada.

Se porventura o Grupo IAG, British Airways/Iberia, concorrer e ganhar com uma oferta superior, poderá levar a TAP a utilizar o Aeroporto de Madrid para a América do Norte e do Sul, em detrimento do Aeroporto da Portela. Se isso acontecesse, o Aeroporto da Portela perderia a sua importância estratégica para aqueles importantes mercados de tráfego aéreo e lesaria a reputação internacional da TAP, assim como a imagem de Portugal e os seus interesses económicos e financeiros.

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