sol.sapo.pt - 18 set. 08:51
Moedas abandona reunião da Assembleia Municipal por ter sido acusado de mentir por deputada do Bloco
Moedas abandona reunião da Assembleia Municipal por ter sido acusado de mentir por deputada do Bloco
Discussão rebentou após saída do autarca. A presidente da AML sentiu-se obrigada a suspender reunião.
A presidente da Assembleia Municipal de Lisboa suspendeu a reunião plenária, na terça-feira, após discussão entre PSD e BE, na sequência da saída da sala de Carlos Moedas, por ter sido acusado de mentir.
“Chamou-me mentiroso e vou-me retirar da sala enquanto estiver o BE a falar”, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, durante a reunião da Assembleia Municipal, na qual prestava contas do trabalho do executivo camarário entre julho e agosto.
As palavras de Carlos Moedas foram dirigidas à deputada municipal do BE Maria Escaja, sobre o tema da colocação de painéis publicitários de grande dimensão na cidade.
A deputada criticou Carlos Moedas por “culpar reiteradamente o anterior executivo” quando o contrato com a JCDecaux foi assinado no atual mandato.
“Carlos Moedas mente. Porque é que não assume as responsabilidades?”, questionou Maria Escarja.
Moedas pediu defesa da honra e adiantou que iria sair da sala, o que ocorreu pelas 17h27.
Na sequência da decisão do presidente do executivo autárquico, o Bloco de Esquerda considerou que a atitude de Carlos Moedas revela a incapacidade de responder às questões colocadas.
A situação acabou por provocar uma discussão entre entre deputados do PSD e do CDS-PP e a bancada do BE e dos deputados independentes do movimento Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), que se tornou numa troca de acusações.
A presidente da Assembleia Municipal de Lisboa decidiu suspender a reunião. “Os trabalhos vão-se suspender por cinco minutos”, avisou Rosário Farmhouse (PS), pedindo aos serviços para suspenderem a transmissão em direto.
“O que está aqui a acontecer é uma vergonha. Ou se acalmam e conseguem trabalhar juntos ou então a reunião termina aqui. Enquanto não se acalmarem os trabalhos não retomam”, avisou.
Pelas 17h55, os trabalhos foram retomados e pelas 18h05, e após a intervenção do BE, o presidente da câmara voltou a entrar na sala.