eco.sapo.pt - 18 set. 15:47
Autarca de Águeda diz que fogos causam “impacto brutal” na região
Autarca de Águeda diz que fogos causam “impacto brutal” na região
Autarca de Águeda ainda não fez as contas aos prejuízos, mas nao tem dúvidas de que o impacto económico "é brutal". Considera haver mão criminosa no deflagrar das chamas.
O presidente da câmara de Águeda antecipa “um impacto brutal�� dos fogos na economia do concelho e região aveirense, onde arderam por completo casas, empresas e armazéns. “Tem um impacto brutal, porque também temos aqui [Águeda] uma floresta de produção intensiva que cria muito rendimento a pessoas e empresas que vivem da produção do eucalipto“, assinala Jorge Almeida.
“Por isso, não há dúvida nenhuma de que incêndios como estes — que só no concelho de Águeda têm vários milhares de hectares percorridos em poucos dias –, têm um impacto económico absolutamente incrível, muito grande nas florestas, e prejuízos causados em casas e empresas que arderam ou sofreram danos”, detalha o também vice-presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA).
Tem um impacto brutal porque temos aqui [Águeda] uma floresta de produção intensiva que cria muito rendimento a pessoas e empresas que vivem da produção de eucalipto.
Jorge AlmeidaPresidente da Câmara Municipal de Águeda
Apesar de município ainda estar a fazer o levantamento dos prejuízos resultantes do fogo durante estes dias, o autarca enumera a perda por completo de várias casas devolutas e de uma oficina de automóveis em Águeda. Só no concelho de Águeda operam 800 fábricas, calcula.
Na região de Aveiro, o balanço inicial mostra que as chamas também destruíram duas unidades industriais, uma de fabrico de mobiliário para casa de banho e uma carpintaria industrial em Sever do Vouga.
Presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge AlmeidaApesar das condições meteorológicas extremas, com vento intenso que acelera a progressão das chamas, Jorge Almeida aponta o dedo a mão criminosa. “Estamos a falar de condições extremas e depois de gente que anda aí a atiçar. O criminoso é quem atiça”, lamenta. E questiona: “Como se explica o aumento brutal de ignições, mais de 300%, nestes dias?“.