rtp.pt - 6 set. 12:57
Verão 2024 foi o mais quente alguma vez registado na Europa e a nível global
Verão 2024 foi o mais quente alguma vez registado na Europa e a nível global
As temperaturas continuam a aumentar e agosto de 2024 foi o mês de agosto mais quente do mundo, a par com o mesmo período em 2023, registando temperatura média global de 1,51ºC acima do nível pré-industrial. Os dados foram divulgados esta sexta-feira pelo Copernicus, que indica que as temperaturas europeias estiveram acima da média nas regiões sul e leste da Europa, mas foram registados valores abaixo da média na costa oeste de Portugal.
Etienne Laurent - Reuters “Agosto de 2024 foi o agosto mais quente do mundo (a par com agosto de 2023), com uma temperatura média do ar na superfície de 16,82 graus centígrados, 0,71 graus acima da média de agosto de 1991-2020”, refere o relatório do Copernicus, o Programa da União Europeia de Observação da Terra.
Segundo os dados apresentados, o mês passado de agosto teve uma temperatura a nível global de 1,51ºC acima do nível pré-industrial. Além disso, foi o 13º mês, num período de 14 meses, em que “a temperatura média global do ar na superfície excedeu 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais”.
Ainda a nível global, a temperatura média dos últimos 12 meses – de setembro de 2023 a agosto de 2024 – foi também “a mais alta já registada para qualquer período de 12 meses”: esteve 0,76ºC acima da média de 1991-2020 e 1,64ºC acima da média pré-industrial.
Já a nível europeu, o Programa Copernicus constatou que a temperatura média na Europa em agosto deste ano foi de 1,57ºC acima da média dos meses de agosto entre 1991 e 2020, o que o torna o “segundo agosto mais quente já registado” no continente.
Contudo, as temperaturas estiveram acima da média no sul e no leste da Europa, mas abaixo da média em regiões como o noroeste da Irlanda e do Reino Unido, na Islândia, na costa oeste de Portugal e no sul da Noruega.
Já fora do continente europeu, as temperaturas ficaram mais acima da média em regiões como o leste da Antártida, no Texas, no México, no Canadá, no nordeste da África, Irão, China, no Japão e na Austrália. Mas ficaram abaixo da média no “extremo leste da Rússia e Alasca, no leste dos Estados Unidos, em partes do sul da América do Sul, no Paquistão e no Sahel”.
Verão mais seco na Europa
A par das altas temperaturas, o Programa Copernicus apresentou também dados hidrológicos: o último mês de agosto foi “mais seco do que a média na maior parte da Europa continental, incluindo o sul do Reino Unido e a Irlanda, os Alpes, os Balcãs, o noroeste da Rússia e o leste da chamada Fino-Escandinávia, “com áreas no sul e leste a enfrentar secas e incêndios florestais”.
Contudo, regiões mais na costa norte da Europa continental, por exemplo, registaram-se precipitações acima da média e, em alguns casos, houve inundações e danos.
“O clima foi mais seco que a média no México e no sul da América do Norte, em regiões da Rússia, na China e na maior parte da América do Sul e do sul da África, com incêndios florestais no Canadá, na Sibéria e no Brasil”, adianta ainda o documento.
Agosto de 2024 foi, no entanto, mais chuvoso do que a média “no leste da América do Norte (parcialmente relacionado ao furacão Debby), Rússia central, leste da China e leste da Austrália”. Também o “subcontinente indiano foi atingido por chuvas de monções e pelo ciclone Asna” e as chuvas fortes provocaram “inundações no Sudão, Etiópia e Eritreia”.
O clima foi mais seco, durante o mês passado, foi registado no México e no sul da América do Norte, em regiões da Rússia, na China e na maior parte da América do Sul e do sul da África, com incêndios florestais no Canadá, na Sibéria e no Brasil. Temperaturas recorde do “verão boreal”
Chama-se ao verão do hemisfério norte do planeta de “verão boreal”, que começa com o solstício de verão em junho e termina com o equinócio de outono em setembro.
De acordo com o relatório do Programa Copernicus, a temperatura média global do verão boreal de 2024 foi a mais alta de sempre, registando-se valores 0,69ºC acima da média para esses três meses e superando o recorde anterior do período de junho a agosto de 2023. No caso concreto da Europa, a temperatura média no verão este ano foi a mais elevada para a estação: 1,54ºC acima da média e ultrapassando o recorde de 2022.
Este verão foi predominantemente mais chuvoso do que a média no oeste e no norte da Europa. Já na região do Mediterrâneo e da Europa Oriental registaram-se condições mais secas do que a média durante toda a temporada.
As informações sobre registos e impactos nacionais são baseadas em relatórios nacionais e regionais, analisado pelo Programa Copernicus - componente do programa espacial da União Europeia, com financiamento da UE, e é principal programa de observação da Terra, que opera por meio de seis serviços temáticos: Atmosfera, Mar, Terra, Mudanças Climáticas, Segurança e Emergência. PUB
Segundo os dados apresentados, o mês passado de agosto teve uma temperatura a nível global de 1,51ºC acima do nível pré-industrial. Além disso, foi o 13º mês, num período de 14 meses, em que “a temperatura média global do ar na superfície excedeu 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais”.
Ainda a nível global, a temperatura média dos últimos 12 meses – de setembro de 2023 a agosto de 2024 – foi também “a mais alta já registada para qualquer período de 12 meses”: esteve 0,76ºC acima da média de 1991-2020 e 1,64ºC acima da média pré-industrial.
Já a nível europeu, o Programa Copernicus constatou que a temperatura média na Europa em agosto deste ano foi de 1,57ºC acima da média dos meses de agosto entre 1991 e 2020, o que o torna o “segundo agosto mais quente já registado” no continente.
Contudo, as temperaturas estiveram acima da média no sul e no leste da Europa, mas abaixo da média em regiões como o noroeste da Irlanda e do Reino Unido, na Islândia, na costa oeste de Portugal e no sul da Noruega.
Já fora do continente europeu, as temperaturas ficaram mais acima da média em regiões como o leste da Antártida, no Texas, no México, no Canadá, no nordeste da África, Irão, China, no Japão e na Austrália. Mas ficaram abaixo da média no “extremo leste da Rússia e Alasca, no leste dos Estados Unidos, em partes do sul da América do Sul, no Paquistão e no Sahel”.
Verão mais seco na Europa
A par das altas temperaturas, o Programa Copernicus apresentou também dados hidrológicos: o último mês de agosto foi “mais seco do que a média na maior parte da Europa continental, incluindo o sul do Reino Unido e a Irlanda, os Alpes, os Balcãs, o noroeste da Rússia e o leste da chamada Fino-Escandinávia, “com áreas no sul e leste a enfrentar secas e incêndios florestais”.
Contudo, regiões mais na costa norte da Europa continental, por exemplo, registaram-se precipitações acima da média e, em alguns casos, houve inundações e danos.
“O clima foi mais seco que a média no México e no sul da América do Norte, em regiões da Rússia, na China e na maior parte da América do Sul e do sul da África, com incêndios florestais no Canadá, na Sibéria e no Brasil”, adianta ainda o documento.
Agosto de 2024 foi, no entanto, mais chuvoso do que a média “no leste da América do Norte (parcialmente relacionado ao furacão Debby), Rússia central, leste da China e leste da Austrália”. Também o “subcontinente indiano foi atingido por chuvas de monções e pelo ciclone Asna” e as chuvas fortes provocaram “inundações no Sudão, Etiópia e Eritreia”.
O clima foi mais seco, durante o mês passado, foi registado no México e no sul da América do Norte, em regiões da Rússia, na China e na maior parte da América do Sul e do sul da África, com incêndios florestais no Canadá, na Sibéria e no Brasil. Temperaturas recorde do “verão boreal”
Chama-se ao verão do hemisfério norte do planeta de “verão boreal”, que começa com o solstício de verão em junho e termina com o equinócio de outono em setembro.
De acordo com o relatório do Programa Copernicus, a temperatura média global do verão boreal de 2024 foi a mais alta de sempre, registando-se valores 0,69ºC acima da média para esses três meses e superando o recorde anterior do período de junho a agosto de 2023. No caso concreto da Europa, a temperatura média no verão este ano foi a mais elevada para a estação: 1,54ºC acima da média e ultrapassando o recorde de 2022.
Este verão foi predominantemente mais chuvoso do que a média no oeste e no norte da Europa. Já na região do Mediterrâneo e da Europa Oriental registaram-se condições mais secas do que a média durante toda a temporada.
As informações sobre registos e impactos nacionais são baseadas em relatórios nacionais e regionais, analisado pelo Programa Copernicus - componente do programa espacial da União Europeia, com financiamento da UE, e é principal programa de observação da Terra, que opera por meio de seis serviços temáticos: Atmosfera, Mar, Terra, Mudanças Climáticas, Segurança e Emergência. PUB