rr.sapo.pt - 21 nov. 20:11
OMS, UNICEF e Nações Unidas defendem atenção à saúde materna e infantil na agenda climática
OMS, UNICEF e Nações Unidas defendem atenção à saúde materna e infantil na agenda climática
A título de exemplo, o apelo refere que o aquecimento global contribui para o aumento da propagação de doenças como a cólera, malária e dengue, com "consequências terríveis" para grávidas e crianças.
"As alterações climáticas representam uma ameaça existencial para todos nós, mas as grávidas, bebés e crianças enfrentam algumas das consequências mais graves", alertou o diretor-geral adjunto para a Cobertura Universal de Saúde da OMS, Bruce Aylward.
De acordo com as organizações, são muito poucos os planos de resposta nacionais às alterações climáticas que referem a saúde materna e infantil, considerado uma "omissão flagrante e emblemática da atenção inadequada às necessidades das mulheres, dos recém-nascidos e das crianças no discurso sobre as alterações climáticas".
A propósito das crianças, o diretor executivo de Programas da UNICEF, Omar Abdi, afirmou que a ação climática ignora, com frequência, que os seus corpos e mentes são particularmente vulneráveis à poluição, doenças fatais ou temperaturas extremas e defendeu que é tempo de colocar os mais novos na agenda das alterações climáticas.
"Para chegar a soluções climáticas que reconheçam as necessidades sanitárias e vulnerabilidades distintas de mulheres e raparigas, temos de começar por colocar as questões certas", disse, por outro lado, a diretora executiva para programas da UNFPA, Diene Keita, sublinhando que as soluções climáticas devem apoiar e não sacrificar a igualdade de género.
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MCA // JMR.
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