expresso.pt - 21 nov. 16:51
António Garcez: “Perguntei ao José Cid: ‘um gajo como tu para que precisa destas azeiteiradas?’ Não falou comigo durante anos”
António Garcez: “Perguntei ao José Cid: ‘um gajo como tu para que precisa destas azeiteiradas?’ Não falou comigo durante anos”
António Garcez, veterano do rock português, homem da frente em bandas como Arte & Ofício, Roxigénio e Stick, recorda ‘desencontros’ antigos com José Cid, desencadeados quando este, em 1980, lhe mostrou uma canção nova de musicalidade mais ‘ligeira’. “Passados uns anos, encontrei-o numa estação de serviço, nos Estados Unidos, e ele diz-me ‘eh pá, eu conheço-te””. Um episódio para ouvir no Posto Emissor
Nome histórico do rock em Portugal nos anos 70 e 80, António Garcez (Arte & Ofício, Roxigénio) continua, aos 75 anos, sem papas na língua.
Numa conversa em ‘roda livre’, na mais recente edição do podcast Posto Emissor, o músico de Matosinhos, quando questionado se, nos seus primeiros passos na música, o Quarteto 1111 eram a banda nacional de referência, Garcez responde: “Já tínhamos tido bandas melhores, o Quarteto Académico, os Sheiks… Mas isso não tira talento ao José Cid.”
Mais tarde, em 1980, já nos Roxigénio e em pleno ‘boom’ do rock português, Garcez e Cid deixaram de falar por causa de um êxito ‘popular’, longe de territórios rock, que Cid lhe mostrou. “[Depois de ouvir], perguntei ao José Cid: ‘um gajo como tu para que precisa destas azeiteiradas?’ Não falou comigo durante anos”, conta Garcez, que identifica depois o momento do reencontro, nos Estados Unidos, país para o qual se mudou em 1985. “Passados uns anos encontrei-o num estação de gasolina, virei-me para ele e disse-lhe: ‘Hey motherf…! What the f… are you doing here?’. E ele: ‘eh pá, eu conheço-te!’”
Ouça a história completa a partir dos 24 minutos e 35 segundos: