observador.ptobservador.pt - 20 nov. 20:35

NATO pondera aumentar presença na Bósnia e no Kosovo para impedir conflitos

NATO pondera aumentar presença na Bósnia e no Kosovo para impedir conflitos

NATO fará tudo "para garantir que a situação não se descontrola e não se cria um novo conflito violento no Kosovo" nem na região. Tropas da Aliança no Kosovo e na Bósnia podem aumentar.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, assegurou, esta segunda-feira, em Pristina que a organização fará tudo o que for necessário para preservar a paz nos Balcãs Ocidentais, podendo mesmo aumentar o seu destacamento no Kosovo e na Bósnia-Herzegovina.

Estamos neste momento a analisar se devemos aumentar permanentemente o número [de tropas] para garantir que a situação não se descontrola e não se cria um novo conflito violento no Kosovo ou, de forma mais alargada, na região”, declarou Stoltenberg numa conferência de imprensa conjunta com a Presidente do Kosovo, Vjosa Osmani.

O responsável máximo da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) recordou que a aliança já “respondeu rapidamente” enviando mais mil soldados para o Kosovo após o ataque de paramilitares sérvios do passado dia 24 de setembro, em que morreu um polícia kosovar e três dos agressores. Stoltenberg asseverou que a NATO está a fazer tudo o que for necessário para manter a paz na região.

Por seu lado, Osmani afirmou que a Rússia pretende abrir uma nova frente contra o Ocidente em países que ainda não são Estados-membros da Aliança Atlântica, como o Kosovo, e acusou a Sérvia de estar a preparar novos “ataques terroristas” como o de setembro.

A chefe de Estado kosovar sustentou também que o adiamento da adesão do Kosovo à NATO traz instabilidade à região e à Europa, indicando que a Sérvia instalou perto da fronteira com o Kosovo armas de defesa antiaérea e que o líder sérvio-kosovar Milan Radoicic, que admitiu ter organizado aquele ataque, está em liberdade e a treinar grupos paramilitares.

Stoltenberg sublinhou que os ataques violentos, como os que ocorreram em setembro e durante as manifestações de maio no norte do Kosovo, em que 93 soldados da NATO ficaram feridos, são absolutamente inaceitáveis e que os responsáveis devem prestar contas perante a justiça.

A NATO dirige no Kosovo a KFOR, uma missão de manutenção da paz, desde a guerra de 1999 entre a Sérvia e a guerrilha separatista kosovar, e apoia o diálogo de normalização das relações entre Pristina e Belgrado patrocinado pela União Europeia (UE).

A Sérvia não reconhece a independência declarada em 2008 pela sua ex-província do Kosovo, maioritariamente habitada por albaneses, e as tensões entre a minoria sérvia do Kosovo e o Governo kosovar agravaram-se no último ano.

Jens Stoltenberg esteve na Bósnia, desloca-se à Sérvia na terça-feira e deverá visitar a Macedónia do Norte na quarta-feira.

NewsItem [
pubDate=2023-11-20 21:35:50.0
, url=https://observador.pt/2023/11/20/nato-pondera-aumentar-presenca-na-bosnia-e-no-kosovo-para-impedir-conflitos/
, host=observador.pt
, wordCount=396
, contentCount=1
, socialActionCount=0
, slug=2023_11_20_2111913337_nato-pondera-aumentar-presenca-na-bosnia-e-no-kosovo-para-impedir-conflitos
, topics=[kosovo, balcãs, bósnia-herzegovina, nato]
, sections=[]
, score=0.000000]