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Ryanair critica proposta para taxas nos aeroportos e ameaça fechar base na Madeira

Ryanair critica proposta para taxas nos aeroportos e ameaça fechar base na Madeira

A Ryanair considera que "não há qualquer justificação para estes aumentos excessivos de preços além das já elevadas taxas aeroportuárias da ANA", referindo que a gestora "não tem concorrência em Portugal".

Para a Ryanair, este aumento "é exatamente o oposto do que os aeroportos portugueses precisam", particularmente "os da Madeira e dos Açores, que dependem de taxas aeroportuárias baixas para impulsionar" a conectividade e o turismo.

"Surpreendentemente, em vez de procurar reduzir os custos de acesso às ilhas, a ANA está a tentar tornar o acesso ainda mais caro", destacou, com aumentos nas taxas na Madeira e nos Açores, "além dos aumentos excessivos aplicados no ano passado, prejudicando irremediavelmente a competitividade da Madeira e dos Açores".

Na mesma nota, a Ryanair disse que "já foi obrigada a encerrar a sua base nos Açores na sequência dos anteriores aumentos de taxas da ANA", e apelou à concessionária "para que reduza as taxas aeroportuárias para modo a evitar o mesmo destino para a Madeira".

A transportadora apontou ainda "uma nova ameaça ao crescimento do turismo em Portugal", indicando os "custos do regime de comércio de licenças de emissão da UE que visa injustamente os voos de pequeno curso e que, inexplicavelmente, incluirá as regiões ultraperiféricas da UE (incluindo Açores e Madeira) a partir de 2024".

A companhia aérea disse que, "por conseguinte, os turistas terão de suportar custos mais elevados quando visitarem a Madeira em comparação com outros destinos de férias não europeus".

"Enquanto outros aeroportos da UE reduzem as taxas para promover a recuperação do tráfego, a ANA tem vindo a aumentar as taxas ano após ano, o que irá levar a que a taxa aeroportuária de passageiros no Aeroporto de Lisboa aumente 50% a partir de 2019", garantiu.

"A Ryanair apela à ANAC [Autoridade Nacional de Aviação Civil] para que intervenha urgentemente e proteja os passageiros portugueses e as economias insulares" dos preços "excessivos" da ANA.

A ANA defendeu os aumentos nas tarifas aeroportuárias que propôs para 2024, a maioria de menos de um euro, justificando-os com a inflação e aumentos dos anos anteriores, segundo uma nota enviada à Lusa, em 19 de setembro.

No documento, a gestora indicou que a "definição das taxas resulta da aplicação das fórmulas de regulação económica do anexo 12 do contrato de concessão, o qual é de conhecimento público desde 2012".

De acordo com a ANA, o contrato prevê "uma evolução globalmente alinhada com a inflação, adicionando as taxas que não foram cobradas em anos anteriores", destacando que "o contexto de inflação elevada impacta de forma significativa os custos de exploração e de investimento dos aeroportos".

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