Observador - 18 set. 00:11
Rumo à aviação sustentável: a resposta europeia ao desafio do século
Rumo à aviação sustentável: a resposta europeia ao desafio do século
O nosso potencial para produzir Combustíveis Sustentáveis para a Aviação pode ser mais do que uma vantagem competitiva, deve ser o catalisador de um novo paradigma energético e económico para o país.
A política, no seu cerne, é a ciência de antecipar e responder aos grandes desafios de uma era, é a arte da governança e da negociação que permita compatibilizar interesses tendo por fim o bem comum. A aprovação, em Estrasburgo, do relatório ReFuel Aviation: Combustíveis Sustentáveis para a Aviação (SAF), reafirma o compromisso inabalável do PSD, junto da União Europeia, em liderar a transição para um futuro mais sustentável no domínio dos transportes.
A Europa, nas últimas décadas, transformou-se numa hub global de mobilidade e inovação. Mas com a crescente interconectividade, intensificou-se também a nossa responsabilidade ecológica. Neste sentido, as regras do ReFuelEU Aviation surgem como uma resposta estratégica, alicerçada no compromisso de reduzir o impacto ambiental, enquanto garantimos a nossa competitividade global.
No seio do Partido Popular Europeu, sempre defendemos uma visão holística e integrada para a Europa. Reconhecemos a importância estratégica da aviação na mobilidade dos cidadãos e no desenvolvimento da economia, sobretudo para países periféricos como Portugal, reconhecendo a importância das regiões ultraperiféricas, como a Madeira e os Açores, mas também entendemos que a sustentabilidade não deve ser uma opção: é um imperativo para todos.
Através da promoção ativa dos SAF, pretendemos estabelecer uma ponte entre a economia e a ecologia. Estes combustíveis, concebidos, em parte, a partir de recursos renováveis, são a manifestação clara do que a inovação europeia pode oferecer ao mundo: soluções concretas para desafios globais.
Esta legislação garante metas graduais para a utilização de SAF mas, simultaneamente, flexibilidade e cláusulas de salvaguarda para todos os que são impactados por estas medidas, sejam os produtores de SAF, as companhias aéreas ou os aeroportos.
Apoiámos um conceito de SAF mais abrangente, adaptado à disponibilidade de matérias-primas na União, ao mercado, mas também à realidade de cada Estado-membro, e com incentivos à pesquisa, produção e utilização destes combustíveis. O PSD estabelece uma perspetiva clara de investimento a longo prazo e o seu compromisso, com propostas, no combate às alterações climáticas.
Portugal, com a sua riqueza natural e geográfica, tem todas as condições para se tornar um protagonista neste novo cenário. O nosso potencial para produzir SAF pode ser mais do que uma vantagem competitiva, deve ser o catalisador de um novo paradigma energético e económico para o país.