Observador - 4 jun. 19:45
Os adolescentes e os telemóveis
Os adolescentes e os telemóveis
O consumo continuado de ecrãs e de telemóveis, em particular, torna os adolescentes menos capazes de ser atentos. Mais impacientes. Mais sensíveis ao aborrecimento. Mais irascíveis. E mais impulsivos.
Os telemóveis são, para os adolescentes, um motivo compreensível de emancipação. Sentem-se “pessoas crescidas”. Tornam-se autónomos na forma como comunicam. Têm a mais fantástica enciclopédia do mundo à distância de um clicar. Acedem a conteúdos “infindáveis”. E navegam, sem restrições, nas redes sociais.
Os telemóveis permitem-lhes ler. Ver notícias. Consumir vídeos. Aceder a videojogos. E comunicar. Preferindo o on-line às relações de face a face. E passando, nalguns casos, mais de 12 horas por dia, ligados uns com os outros.
Os telemóveis trazem-lhes o mundo. Não através de notícias com contraditório. Mas, sobretudo, de acordo com o perfil que decorre com a forma como clicam e como isso faz com que aquilo que lhes chega resulte do algoritmo para o qual eles contribuem, todos os dias.
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