sol.sapo.ptÂngelo Pereira - 5 jun. 00:00

Ninguém é verdadeiramente livre se não viver em Segurança

Ninguém é verdadeiramente livre se não viver em Segurança

Estamos a poucos meses das Jornadas Mundiais da Juventude que, como todos sabem, serão o maior evento realizado em Portugal desde 2004. Mas estamos também no ano que todos os indicadores apontam que será o melhor de sempre para o nosso turismo.

por Ângelo Pereira
Vereador da Câmara Municipal de Lisboa e presidente da Distrital de Lisboa do PSD

Na semana passada, teve lugar em Lisboa o primeiro Conselho Municipal de Segurança alargado deste mandato autárquico. Um dia de reunião, discussão, articulação e colaboração entre os vários agentes políticos, Juntas de Freguesia, agentes sociais e forças de segurança, tais como a PSP, Polícia Municipal, entre outros, que atuam na cidade.

Esta iniciativa aconteceu num momento a vários níveis cruciais para Lisboa.

Pensar a segurança de Lisboa é também pensar nisto. É pensar numa cidade em mudança. É pensar numa cidade em que cada vez mais gente de todo o mundo escolhe para viver: um mês, um ano ou toda a vida. Uma cidade com cada vez mais estudantes. Uma cidade com cada vez mais turismo. Uma cidade que não está a crescer em área, mas que cresce todos os dias em pessoas.

Novos Tempos passa também por focar a CML nas pessoas. Esta é a marca do executivo que ganhou estas eleições e de que me orgulho duplamente: em primeiro lugar por integrar o mesmo; e depois por presidir à distrital de Lisboa do PSD, que acreditou desde do primeiro momento que com o Carlos Moedas era possível resgatar a nossa capital da estagnação socialista.

Enquanto vereador responsável por este pelouro da segurança, neste Conselho Municipal de Segurança, tentei confrontar todos os presentes com cinco perguntas simples:

1. Existirá realmente igualdade plena entre mulheres e homens enquanto exista uma única mulher que tenha medo de andar sozinha à noite nas nossas ruas?

2. As crianças terão realmente o pleno direito à sua infância enquanto os pais tiverem medo de as deixarem brincar livremente nas nossas ruas ou as deixarem ir sozinhas para a escola?

3. Teremos real igualdade de direitos entre cidadãos enquanto existirem zonas da cidade mais seguras para ricos e zonas da cidade mais perigosas para pobres?

4. Teremos mesmo minorias – sejam elas étnicas, religiosas ou até sexuais – livres de descriminação, enquanto não tivermos as ruas blindadas a todo e a qualquer tipo de atos discriminatórios?

5. Teremos uma efetiva liberdade de iniciativa privada enquanto existir um único empresário na nossa cidade que não se sinta seguro para implementar um negócio nas nossas ruas?

Para todas estas perguntas encontrei sempre a mesma resposta: ninguém é verdadeiramente livre se não viver em segurança.

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