observador.ptobservador.pt - 26 mai. 22:42

PSD/Açores acusa PS regional de ser conivente das atitudes discriminatórias do Governo da República

PSD/Açores acusa PS regional de ser conivente das atitudes discriminatórias do Governo da República

O PSD/Açores acusou o PS da região autónoma de ser conivente com as atitudes do Governo, nomeadamente sobre a exclusão da região do regime de atribuição de apoios financeiros ao setor agrícola.

O vice-presidente do PSD/Açores, João Dâmaso Moniz, acusou o PS açoriano de estar “reduzido a um mero capataz do Governo da República”, ao ser “conivente com atitudes discriminatórias do governo central para com a região”.

“O PS/Açores está reduzido a um mero capataz do Governo da República, ao ser conivente com atitudes discriminatórias do governo central para com a Região. O PS/Açores é mais socialista do que açoriano”, afirmou o dirigente social-democrata, citado numa nota de imprensa divulgada pelo PSD/Açores.

A posição social-democrata surge na sequência de declarações do vice-presidente do PS/Açores, Berto Messias, que acusou o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) de apontar culpas ao Governo da República para “disfarçar as suas incapacidades”, alertando para o risco de a região desperdiçar fundos comunitários.

Na reação, o vice-presidente do PSD/Açores, João Dâmaso Moniz, referiu que os dirigentes regionais do PS se comportam “como colaboracionistas da República, em vez de se juntarem ao Governo Regional na defesa dos Açores e dos açorianos”.

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“Ainda recentemente, o PS/Açores voltou a agir como capataz do Governo da República, ao concordar com a exclusão dos Açores do regime de atribuição de apoios financeiros aos setores agrícola e pecuário, assim como da prorrogação da vigência do mecanismo do gasóleo profissional extraordinário, que são de âmbito nacional. Concordar com a esta exclusão dos Açores é ser mais socialista do que açoriano”, sustentou.

Para o vice-presidente do PSD/Açores, “o PS/Açores prefere atacar o Governo Regional, em vez de denunciar a falta de solidariedade do Governo República com os agricultores açorianos”.

“Relativamente ao incumprimento da prometida solidariedade nacional na reparação dos estragos causados Furacão Lorenzo, o PS/Açores age também como capataz do Governo da República. O Governo Regional substituiu-se ao Estado no financiamento das obras, tem a receber cerca de 60 milhões de euros que a República não paga e o PS/Açores tem o desplante, imagine-se, de dizer que não há dívida nenhuma do governo central”, sustentou, citado no mesmo comunicado.

Segundo João Dâmaso Moniz, “o Governo dos Açores já investiu na reparação dos danos do furação Lorenzo mais de 70 milhões de euros, dos quais 85% deveriam ser pagos pelo governo central”.

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“O Governo da República do PS apenas transferiu 29 milhões de euros para a Região. Desses 29 milhões, 28 foram transferidos quando o PS ainda governava no arquipélago. Depois da mudança política ocorrida no final de 2020, apenas foi transferido um milhão de euros, apesar da maioria das obras ter sido executada na atual legislatura”, apontou.

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