Observador - 26 mai. 00:15
O Prémio
O Prémio
E o meu avô disse-me: fico muito contente que tenha ganhado o prémio para o seu colégio. Mas teria muito mais orgulho em si se o tivesse perdido.
Esta última semana tem sido voraz nos títulos da imprensa, nos media: do escândalo no ministério das Infraestruturas, que culminou com a prestação de João Galamba na CPI, às declarações de Cavaco Silva e a orquestrada resposta do Partido Socialista, passando pelo processo Tutti-Frutti e as inenarráveis respostas do Primeiro-Ministro no Parlamento, para culminar na recusa do grupo parlamentar do PS em apresentar as notas sobre a TAP requeridas a Frederico Pinheiro, entre outras recusas.
Tenho escrito repetidamente sobre as perdas democráticas que temos vindo a sofrer nos últimos oito anos. Não creio que tenha escrito o suficiente sobre relativismo moral.
O meu avô e a minha avó eram tão diferentes quanto um homem e uma mulher podem ser pelas definições da natureza e das circunstâncias. Onde um era baixo, a outra era alta. Se ele era moreno, ela muito loura. Olhos líquidos de pretos, um, e verdes de musgo, outra.
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