Opinião de Ribeiro Cristovão - 25 mai. 07:39
Preparar a próxima época
Preparar a próxima época
Os dirigentes vivem cristalizados nos seus lugares.
Com Junho à porta e as competições portuguesas de futebol a chegar ao fim, há já quem se prepare muito atempadamente no sentido de olhar para a próxima temporada, a todos os níveis.
Notícias de transferências e aquisições enxameiam já os mercados, tanto a nível nacional como internacional esperando-se, por isso, um defeso cheio de movimento e de milhões de euros, correndo nos mais diversos sentidos.
Não sendo habitualmente objecto de grandes novidades, tudo aquilo que tem a ver com as arbitragens não deverá deixar de repetir àquilo que a que temos assistido em anos anteriores.
Os dirigentes vivem cristalizados nos seus lugares, enquanto os árbitros tentam escapar por entre os pingos da chuva, cientes de que, parados, o volume das notícias voltará a não lhes dizer respeito.
No entanto, seria bom que os responsáveis por sector tão vital aproveitassem para fazer um sério balanço de tudo quanto ocorreu nos últimos dez meses de futebol, e assumissem a coragem de fazer as mudanças que se reconhece serem necessárias.
É verdade que a arbitragem portuguesa tem um dos piores quadros dos últimos anos, sendo o reflexo maior dessa certeza o facto de nenhum deles ter sido chamado para participar no último Campeonato do Mundo, disputado no Qatar, no passado mês de Dezembro, e de terem sido irrelevantes as presenças nas competições europeias da Uefa.
Será também de acrescentar que no que respeita aos VAR o quadro que tivemos pela frente foi ainda mais negativo. Não houve uma jornada sequer em que o trabalho de alguns deles não foi objecto de largo debate e forte discussão.
E não foi apenas em Portugal que tal aconteceu.
Porém, na Espanha, segundo o jornal AS, seis árbitros do VAR vão ser despedidos pelo Comité Técnico de Árbitros. Os visados já anunciaram, entretanto, que vão agir judicialmente por considerarem que o despedimento padece de justa causa, mas o processo está a seguir o seu curso.
E os dirigentes portugueses vão ter coragem para seguir o exemplo espanhol?