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Trabalhadores das Misericórdias em luta pela aplicação do contrato coletivo de trabalho

Trabalhadores das Misericórdias em luta pela aplicação do contrato coletivo de trabalho

Cerca de uma centena de trabalhadores das Misericórdias do distrito de Viana do Castelo manifestou-se, esta quarta-feira, na rua contra a não aplicação do contrato coletivo de trabalho da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS).

Num protesto na Praça da República, na cidade de Viana do Castelo, associado a um dia de greve, os funcionários, na maioria mulheres, ajudantes de lar, acusaram os provedores de "fazer ouvidos moucos" às suas reivindicações e prometeram dar seguimento à luta iniciada esta quarta-feira.

"O CESP (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal) conseguiu junto da ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, negociar uma portaria de extensão do contrato das IPSS, a todo o setor social, e essa portaria saiu a 2 de novembro de 2022. Desde aí que solicitamos a todos os provedores por carta escrita, a aplicação dessa portaria e eles fizeram ouvidos surdos e não aplicaram", declarou Rosa Silva, da direção regional de Viana do Castelo do CESP.

"Como não atualizaram, vamos partir para a luta e esta é a primeira de muitas, mesmo tendo de chegar ao banco do tribunal, iremos", acrescentou.

Segundo Rosa Silva, "várias Misericórdias no país já aplicaram" o contrato coletivo que garante aos trabalhadores "direitos injustamente retirados há mais de uma década, nomeadamente, o de receber diuturnidades de cinco em cinco anos, 25 dias de férias e compensação a 100% do trabalho prestado em feriado".

"No distrito de Viana do Castelo, nenhuma aplicou ainda. São dez Misericórdias, e nós vamos continuar a luta até que seja", disse a sindicalista, apontando que, atualmente, "todos os trabalhadores, nomeadamente os dos lares, com 30 anos de carreira, a ganhar o salário mínimo nacional, tanto quanto quem entra hoje e não sabe fazer nada".

De acordo com Rosa Silva, no distrito de Viana do Castelo estão em causa "mais de dois mil trabalhadores, na maioria ajudantes de lar", que não viram as suas remunerações atualizadas. "Em termos de valores é significativo. Quem já tiver as cinco diuturnidades, é mais 105 euros por mês", concluiu.

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