observador.pt - 25 jan. 00:51
Ex-militar que ameaçou Marcelo já tinha sido condenado por crimes idênticos contra altas figuras do Estado
Ex-militar que ameaçou Marcelo já tinha sido condenado por crimes idênticos contra altas figuras do Estado
Suspeito sofre de perturbação de personalidade e já foi condenado a internamento por crimes semelhantes contras altas figuras do Estado e diretor da PJ. Mas risco subiu agora, com a ameaça de morte.
O homem que foi detido pela Polícia Judiciária por ameaçar de morte o Presidente da República, caso Marcelo não lhe transferisse um milhão de euros, poderá não ser um homem inofensivo. Se, por um lado, o chefe de Estado desvalorizou a ameaça — a carta que chegou a Belém até tinha um número de telemóvel e a identificação de uma conta bancária para onde deveria ser transferido o dinheiro —, para a Polícia Judiciária a investigação foi bem mais complexa e o resultado foi inesperado: o autor da ameaça era já conhecido da Polícia.
O homem, detido esta terça-feira na sequência de uma investigação de três meses da PJ, tinha sido preso e condenado no passado por crimes idênticos contra outras altas figuras do Estado e da área da segurança: espiões, procuradores —incluindo a própria Procuradora-Geral da República — e até o próprio Diretor Nacional da PJ já tinham estado na mira deste ex-militar. Mas a pena de internamento em ambulatório, que lhe foi aplicada em março de 2020, permitiu-lhe continuar a cometer os mesmos crimes.
Agora, porém, havia uma diferença significativa face ao seu histórico criminal: desta vez, a exigência de um pagamento avultado (um milhão de euros) não serviria como moeda de troca para a não divulgação de dados pessoais e financeiros. Desta vez, o homem fazia ameaças diretas contra a integridade física; e a ‘vítima’ seria o Presidente da República.
“Estas personagens não podem ser desvalorizadas. Fixam um alvo e podem cometer uma desgraça”, alerta uma fonte da PJ, que diz ao Observador que, ao contrário do que Marcelo Rebelo de Sousa insinuou, a investigação “deu muito trabalho”.
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