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João Laia será curador do Pavilhão da Lituânia na Bienal de Arte de Veneza

João Laia será curador do Pavilhão da Lituânia na Bienal de Arte de Veneza

O português foi escolhido para a curadoria da representação nacional do país báltico juntamente com o lituano Valentinas Klimašauskas.

O curador português João Laia será curador do Pavilhão da Lituânia na 60.ª Bienal de Arte de Veneza, juntamente com o lituano Valentinas Klimašauskas, com quem já trabalhou em várias exposições.

A Lituânia levará à Bienal de Veneza em 2024 a dupla de artista Pakui Hardware, composta pelos artistas Neringa Cerniauskaite e Ugnius Gelguda, numa instalação imersiva que incluirá também o trabalho da artista modernista Marija Teresė Rožanskaitė (1933-2007).

João Laia, que desde 2019 é curador-chefe do Kiasma, o museu de arte contemporânea da Finlândia, tem uma crescente carreira internacional também como curador independente, que dá agora mais um passo com a curadoria de um pavilhão estrangeiro naquela que é considerada a mais importante bienal no calendário da arte contemporânea. Recentemente, Laia foi também nomeado curador da 12.ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Gotemburgo, na Suécia, que terá lugar no próximo ano. Com Valentinas Klimasauskas, no ano passado, Laia foi curador da 14.ª Trienal do Báltico, em Vílnius, na Lituânia.

“São vários os motivos para estar muito feliz”, disse João Laia ao PÚBLICO. “Em termos genéricos, é óptimo ser curador da Bienal de Veneza, porque significa que há interesse pelo meu trabalho, mas especificamente em relação à Lituânia há um lado mais pessoal, que é o trabalho que tenho estado a desenvolver no país com agentes lituanos e é óptimo ver esse reconhecimento.”

João Laia lembra que a Lituânia, apesar de ser um país pequeno, tem conhecido uma visibilidade crescente nas artes visuais, com vários prémios em Veneza. “Ganharam o Leão de Ouro em 2019 e em 2013 tiveram uma menção honrosa. Têm um pavilhão que embora seja pequeno a nível de escala e de orçamento, e não se situa dentro dos Giardini ou do Arsenal, mudando todos os anos de sítio, tem uma visibilidade enorme.” A ópera-performance Sun & Sea, resultado do Leão de Ouro da Bienal de Veneza, foi recentemente exibida no Porto e em Lisboa.

Quanto à dupla de artistas Pakui Hardware, trata-se do “cimentar” da relação com estes artistas. “Comecei a trabalhar com eles pela primeira vez em 2016 para a Bienal de Moscovo de Arte Jovem, depois em São Paulo (Sesc), e em Madrid (Casa Encendida). Há também o percurso conjunto com o Valentinas, a primeira colaboração foi a exposição Máscaras no Porto (Galeria Municipal) e a seguir fizemos a Trienal do Báltico. Os arquitectos que trabalharam connosco na trienal de Vílnius também estão envolvidos. É uma rede que aqui se unifica.” A escolha da equipa fez-se por concurso, sendo organizada este ano pela Galeria Nacional de Arte.

Segundo a revista Artforum, que noticiou na quinta-feira a composição do Pavilhão da Lituânia, o país está entre os primeiros a anunciarem a sua representação oficial, juntamente com França, que será representada por Julien Creuzet, e a Estónia (Edith Karlson), devendo o tema da própria bienal ser anunciado para o ano.

Portugal ainda não anunciou a equipa de curadoria da 18.ª Bienal de Arquitectura de Veneza, que vai decorrer entre 20 de Maio e 26 de Novembro do próximo ano.

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