eco.sapo.pteco.sapo.pt - 9 dez. 13:13

Parvalorem fica com os ativos do Banco Efisa em liquidação

Parvalorem fica com os ativos do Banco Efisa em liquidação

Criado em 1994, Banco Efisa entrou em liquidação, processo que durará cerca de um ano. Ativos serão absorvidos pela Parvalorem.

O Banco Efisa entrou em liquidação, processo que durará cerca de um ano até estar concluído. Durante este período, o património do banco (que pertencia ao grupo BPN) vai ser absorvido pela Parvalorem, incluindo aplicações no valor de 17,8 milhões que estavam na Caixa Geral de Depósitos (CGD), o principal ativo. Já quase não tem passivos, apenas contas de clientes que serão devolvidas aos mesmos.

O fim do Efisa precipitou-se depois de a Parvalorem não ter conseguido vender a instituição, ainda que tivesse arranjado compradores em duas ocasiões. Primeiro foi a Pivot – sociedade constituída por um grupo de investidores onde se incluía a Aethel, de Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, ou o ex-ministro Miguel Relvas –, que chegou a oferecer quase 40 milhões, em 2015. Mais recentemente, o grupo árabe Bahrein IIBG Holdings deu 28 milhões de euros. Nenhum conseguiu selar o negócio.

Depois de ter caído a venda ao grupo árabe, também a sociedade portuguesa FIRMA mostrou interesse na licença bancária, mas o processo também não terá chegado a um bom porto.

Para avançar com um plano de liquidação do Efisa, a Parvalorem – veículo criado para gerir os despojos do BPN, nacionalizado em 2008 e vendido em 2012 ao Bic – obteve luz verde do Banco de Portugal algures em outubro. Fonte oficial da Parparticipadas – que é o veículo que detém o banco, detido, por sua vez, pela DGTF – perspetivou um período de 12 meses para a execução e conclusão do plano.

Com 15 trabalhadores, o Banco Efisa apresenta uma situação líquida bastante positiva, de mais de 30 milhões de euros. O capital próprio melhorou no ano passado, depois do lucro de 3,6 milhões, à boleia da reversão de imparidades para crédito na ordem dos cinco milhões. Ainda assim, nos anos anteriores, acumulou prejuízos de cerca de 15 milhões entre 2017 e 2020.

No seu ativo, o Banco Efisa contabilizava ainda participações na Nexponor, Fund Box e Portugal Ventures e outros fundos internacionais no valor de 3,8 milhões.

Agora, com a liquidação do banco, a Parparticipadas fica um passo mais perto da sua extinção por via da fusão na Parvalorem, seguindo o caminho da Parups (geria as obras de arte).

Para isso se concretizar, além da extinção do Banco Efisa, a Parparticipadas precisará ainda de vender a Imofundos e o fundo Imonegócios, processo que já está no mercado sob o nome Projeto Lisboa, num negócio conduzido pela Deloitte, avaliado em cerca de 250 milhões de euros.

O ECO contactou a Parvalorem na quarta-feira sobre a liquidação do Efisa, notícia avançada esta sexta pelo Expresso.

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