jornaleconomico.ptAna Pina - 25 nov. 00:12

Portugal para viver, trabalhar e sonhar!

Portugal para viver, trabalhar e sonhar!

Neste Natal, o presente para os portugueses deveria incluir medidas orçamentais que consigam contemplar uma economia mais robusta, competitiva e preparada para o futuro, capaz de acomodar um verdadeiro crescimento.

Este ano, já com o Orçamento do Estado para 2023 aprovado, após o atraso no passado ano decorrente do ciclo eleitoral, será que os portugueses na quadra natalícia, terão motivos de maior tranquilidade ou satisfação coletiva? Este período do calendário é tradicionalmente vivido pelos portugueses com alegria, esperança, paz social e alguma anestesia face aos problemas reais do país. Mas será que encontram as respostas pretendidas no Orçamento para 2023 que, hoje, 25 de novembro se aprovará na Assembleia da República?

Porque este é o país com uma das maiores cargas fiscais do mundo (e que continuará a crescer), com um dos maiores endividamentos públicos da Europa, e aquele tem visto a sua proteção social e de saúde deteriorar-se e os seus serviços públicos a conhecer uma degradação crescente e assustadora. Contudo, como é o país em que os seus cidadãos não se resignam e continuam a lutar e trabalhar por um futuro melhor, parece que tudo vai bem.

A nossa classe governativa vai-se contentando com um crescimento de pouco mais de um por cento, absolutamente anémico, quando o que necessitamos é de um crescimento robusto e de uma melhoria da nossa competitividade económica. A OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico veio, esta semana, corrigir em baixa de 0,7%, um crescimento do PIB de 1% em 2023, e de 1,4% para 2024, o que bem revela as dificuldades a enfrentar por todos num futuro próximo, pois com as políticas públicas desenvolvidas, Portugal não cresce!

Mas, para já, as preocupações estão na cobrança de impostos, em se conseguir ter um equilíbrio orçamental, um crescimento económico sempre revisto em baixa até à recessão, a continuar a não ter o investimento necessário (o terceiro pior da União Europeia), e assim lá vai crescendo ano após ano a despesa corrente face ao PIB nacional.

Parece ter caído no esquecimento que o “poucochinho” que estamos a crescer ainda resulta muito do sacrifício e do esforço dos portugueses, esmagados por uma brutal carga fiscal que acumula recordes ano após ano. Cresce a carga fiscal no exato esforço dos portugueses para o sempre necessário equilíbrio orçamental, sempre à custa de mais e mais impostos.

Neste Natal, o presente para os portugueses deveria incluir medidas orçamentais que consigam contemplar uma economia mais robusta, competitiva e preparada para o futuro, deveria incluir condições para acomodar um verdadeiro crescimento, acima de 5%, absolutamente estratégico para os portugueses e para a economia nacional.

Só desta forma poderá o nosso povo sonhar com um futuro melhor, pois sem criação de riqueza, não pode haver, do ponto de vista público e também privado, combate à inflação e aumento dos salários reais, que tanto nos deviam envergonhar.

Depois de um infindável rol de sacrifícios das nossas famílias e empresas na última década, que superaram crises atrás de crises, seria justo serem estas as preocupações de quem nos governa: crescimento económico, mais e melhor retribuição e valorização salarial, mais poder de compra para os cidadãos, menos impostos e melhores serviços públicos.

Vamos desejar e acreditar num Portugal que adoramos e em que vale a pena viver, trabalhar e sonhar!

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