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Bolsonaro: ″A mudança que alguns querem pode ser pior″

Bolsonaro: ″A mudança que alguns querem pode ser pior″

Jair Bolsonaro quer mostrar na segunda volta das eleições presidenciais no Brasil "que a mudança que alguns querem pode ser pior".

"Vencemos a mentira hoje. As pesquisas [sondagens] estão desmoralizadas", defendeu Jair Bolsonaro no primeiro discurso após a confirmação de que haverá segunda volta das eleições presidenciais, cerca das 22.45 horas em Brasília (2.45 horas desta segunda-feira em Portugal continental), uma vez que as últimas projeções chegaram a dar uma vitória tangente a Lula da Silva na primeira volta e lhe davam apenas 36% nas intenções de voto.

"Temos um segundo tempo pela frente e vamos agora mostrar melhor para a população brasileira que a política do 'fique em casa, a economia se vê depois' é consequência de uma guerra lá fora e de uma crise ideológica, também", afirmou o atual presidente e recandidato, numa conferência de imprensa no exterior do Palácio da Alvorada, em Brasília.

Para a campanha eleitoral, Bolsonaro aponta um objetivo: "mostrar que a mudança que, porventura, alguns querem pode ser pior", referindo países como "Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela".

Quer ainda passar a mensagem "que o Brasil é o país que se está a sair melhor na economia" e "mostrar um pouco mais o que foi a pandemia. O Brasil comprou 500 milhões de doses de vacinas para quem se sentiu no dever de se vacinar".

"Só temos dados positivos", frisou Bolsonaro aos jornalistas, manifestando "confiança total".

"A partir de agora a campanha é nossa. Vamos começar a fazer contactos a partir de hoje", revelou o atual presidente, num discurso de rosto sério, vestido de camisa escura [em contraste com a t-shirt amarela da seleção do Brasil que usou para votar de manhã] e respondendo a diversas questões dos jornalistas. "Não grita, seja educado!", chegou a dizer durante o encontro.

"Existe um sentimento na população de que a vida deles não ficou igual ao que estava antes da pandemia, ficou um pouquinho pior, e a tendência é buscar um responsável. E o responsável é sempre o chefe do executivo", reconheceu, com lamento.

Questionado sobre os resultados e o sistema de votação eletrónico que chegou a por em causa durante a campanha eleitoral, Bolsonaro reiterou: "todos são unânimes em qualquer lugar do mundo que esse sistema não é 100% blindado, então, sempre existe a possibilidade de algo anormal acontecer num sistema totalmente informatizado."

Lula da Silva segue para a segunda volta das eleições presidenciais no Brasil ao lado de Jair Bolsonaro. Com 99,90% das urnas apuradas, o candidato do PT liderava com 48,40% (57 milhões de votos) contra 43,22% do atual presidente e recandidato (51 milhões de votos).

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