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Enchente em Gondomar para levar nozes e vinho doce

Enchente em Gondomar para levar nozes e vinho doce

Nozes, castanhas e vinho doce. Este é um triângulo mágico que atrai milhares de pessoas ao centro de Gondomar, para as festas da Nossa Senhora do Rosário, que se prolongam até ao próximo fim de semana e tiveram, este domingo, um dia de casa cheia.

Ao triângulo juntam-se outros atrativos e iguarias, como os bolinhos de amor, mais um dos artigos com forte procura e a funcionar como chamariz para visitantes das mais diferentes localidades.

Domingos, Manuel e Maximiano, todos de Gaia e acompanhados pelas mulheres, não faltam à festa. Fazem-no há muitos anos. Só a pandemia interrompeu esta tradição. Voltaram e dão nota alta. "Não é cinco, são seis estrelas", exulta Maximiano.

O grupo tinha regressado da tenda das farturas, onde confortou o estômago, e estudava os melhores preços para comprar nozes e castanhas. Manuel, o mais falador, acrescenta que o costume é levar também um garrafão de vinho doce.

O grupo conversava, enquanto que no anfiteatro a céu aberto as bandas filarmónicas iam dando música. As pessoas espalhavam-se pelo recinto, cada uma à procura de saciar o seu "apetite": desde dar uma voltinha nos carrosséis até à compra de uma guloseima. Havia de tudo um pouco. À vontade do freguês.

Evocar o nome das festas da Nossa Senhora do Rosário, que na segunda-feira têm a sua grande procissão, associa-se logo às nozes e ao vinho doce. Nesta edição, a venda destes produtos concentrou-se no Largo do Souto.

Jorge Neves não tinha mãos a medir. Os clientes faziam fila para adquirir o seu vinho doce. Segundo Jorge, o preçário não mudou: garrafão, 10 euros, garrafa, 4 euros, e copo, um euro. Já leva uma dezena de anos como feirante em Gondomar e o balanço é "satisfatório".

Os pontos de venda do vinho misturam-se com as barraquinhas da doçaria e dos frutos da época. Há nozes e castanhas, com preços que vão desde 3,5 euros até 7,5 euros. Também há figos.

Na tenda da família Violas, Rosária Ramos faz de porta-voz. É presença assídua na romaria. Há mais de 40 anos. Diz que se lembra da festa desde que nasceu. O movimento é incessante. Tanto que nem tem tempo para responder às perguntas do jornalista. Mas o bom andamento do negócio não exclui críticas à organização. A mudança para o Largo do Souto não agrada.

Queixa-se da "falta de espaço para cargas e descargas" e que a "concentração" no Souto, ao invés de estar à face da estrada, "tirou visibilidade" aos feirantes. Pede à Câmara de Gondomar para "rever" a localização.

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