sol.sapo.ptJosé António Saraiva - 1 out. 00:00

O Portugal dos Pequeninos ou um elefante em loja de porcelanas

O Portugal dos Pequeninos ou um elefante em loja de porcelanas

Costa Silva não vê as empresas como ameaças aos cidadãos, centros de exploração dos trabalhadores, perigosas células de capitalistas gananciosos apostados em enriquecer à custa do povo; Costa Silva vê as empresas como centros criadores de riqueza.

Da inusitada descoordenação que grassa no Governo já toda a gente falou.

Foi o episódio Pedro Nuno Santos.

Foi a taxa sobre os lucros excessivos, que começou por ser repudiada pelo ministro das Finanças mas acabou por ser aceite por António

Num dos últimos artigos, eu fazia o seguinte raciocínio, muito simples: a gestão privada é bastante mais rentável do que a gestão pública.

Sendo assim, quanto mais dinheiro houver no setor privado, mais um país tem condições para crescer; inversamente, quanto mais dinheiro for retirado pelo Estado aos privados, menos produtivo será o país.

Isto é incontestável.

Penso que Costa Silva pensa exatamente deste modo: quanto mais dinheiro houver no setor privado, mais Portugal poderá crescer.

Mas a maioria do Governo e o Partido Socialista pensam de modo diferente.

E aqui volto ao princípio: o que pretendeu António Costa ao convidar Costa Silva para ministro?

A resposta só pode ser uma: fomentar o debate interno.

Mas então tem de dar sinais nesse sentido.

O que nós vimos há pouco foi um ministro da Economia completamente desamparado e toda a gente a bater-lhe.

Ora, assim, não se aguentará muito tempo no Governo.

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