jornaleconomico.ptPedro Neves - 30 set. 00:09

Segunda habitação: Mais compradores, mais motivações e mais destinos

Segunda habitação: Mais compradores, mais motivações e mais destinos

Se olharmos para os últimos Censos, os dados mostram-nos que existem em Portugal 1,1 milhões de casas adquiridas para segunda residência no nosso país, o que corresponde a uma fatia de quase 20% do parque habitacional.

O Algarve, que sempre foi o destino turístico mais popular por cá e fora de portas, é a região onde existe uma maior preponderância deste tipo de habitação, e que representa quase 39% das casas existentes na região. Mas também no Alentejo há uma presença importante da segunda residência (22%), assim como no Centro (24%).

Começo com estes números para partilhar que temos um mercado forte no turismo residencial e se dúvidas houvesse, a atividade da JLL confirma esta tendência: só no nosso negócio, o volume de vendas de segundas habitações cresceu 20% desde o início da pandemia, em 2020.

Mas quem são hoje os compradores de segunda habitação, porque compram, e onde?

Da tradicional casa de férias para muitos portugueses, a compra de segunda residência em Portugal é hoje uma grande tendência para clientes estrangeiros. A crise financeira abriu as portas do nosso país a muitas outras nacionalidades para além dos britânicos e dos germânicos, que sempre estiveram ativos como compradores de segunda habitação em Portugal. Temos hoje uma forte dinâmica dos franceses, brasileiros, chineses, turcos, italianos ou, mais recentemente, norte-americanos. Isto só para mencionar algumas nacionalidades, já que houve anos em que se identificaram compradores de 80 países diferentes a investir em habitação, só em Lisboa.

A par da diversificação de compradores, houve uma abertura a novas localizações. O Algarve continua a liderar as preferências, inclusive dos portugueses, mas até na região emergiram novos destinos a par dos clássicos Vilamoura, Albufeira, Portimão e Lagos. O Sotavento gera um crescente interesse, com destaque para Tavira ou Olhão. O Litoral Alentejano também se foi construindo como destino de turismo residencial, com grande contributo da Comporta, que é hoje um spot incontornável nos mapas internacionais mais exclusivos. A região de Lisboa está a crescer, principalmente zonas próximas da capital como a Praia Grande e a Ericeira. Outro fenómeno a que assistimos foi o aumento da procura em faixas interiores do Alentejo, a Norte e ao Centro. Este é um mercado que cresceu com a pandemia, pois, durante esta fase, as pessoas procuraram instalar-se temporariamente em zonas mais tranquilas. Hoje mantêm um grande potencial de crescimento, especialmente agora com as novas regras dos vistos gold.

Temos hoje um mercado com mais compradores e mais localizações de compra porque existem também mais motivações para adquirir uma segunda casa em Portugal. Não somos hoje apenas um destino de férias. Somos um destino de investimento sólido, somos um destino de trabalho e para grandes empresas multinacionais, somos um destino de ensino e para estudantes. E isso traz pessoas e famílias, nacionais e internacionais, nas mais diversas fases da vida, para comprar uma segunda casa. Do lado do imobiliário, temos sabido responder, com produtos de grande qualidade e uma ótima relação de preço, tudo cercado dos aspetos que nos diferenciam: segurança, clima, hospitalidade, localização estratégica e sem dúvida, uma grande qualidade de vida.

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