observador.ptobservador.pt - 5 jul. 16:28

Nova ministra da Economia argentina sublinha continuidade das políticas do Governo. Cristina Kirchner ausente da tomada de posse

Nova ministra da Economia argentina sublinha continuidade das políticas do Governo. Cristina Kirchner ausente da tomada de posse

A nova ministra da Economia da Argentina assumiu uma aposta na continuidade do programa económico do Governo de Alberto Fernández. Cristina Kirchner faltou à tomada de possse.

Silvina Batakis tomou posse na segunda-feira como ministra da Economia da Argentina e assumiu uma aposta na continuidade do programa económico do Governo de Alberto Fernández.

A nova ministra prestou juramento numa cerimónia liderada por Fernández, mas da qual esteve ausente a vice-presidente, Cristina Fernández Kirchner, que tem divergências abertas com o chefe de Estado sobre a gestão da economia nacional.

Batakis substitui Martín Guzmán, político alinhado com Fernández, que renunciou no sábado ao cargo depois de meses de pressão da própria coligação governamental, descontente com a política económica vigente, e pelo caos de uma economia asfixiada pelo défice fiscal e uma inflação galopante.

Após tomar posse, e numa breve aparição à comunicação social, Batakis assegurou que dará continuidade ao programa económico que o Presidente Fernández “tem vindo a estabelecer”, um plano com objetivos estabelecidos no acordo de refinanciamento assinado em março com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Vamos continuar com o programa económico. Acredito no equilíbrio fiscal e penso que temos de avançar nessa direção”, disse Batakis, acrescentando que vai trabalhar para criar mais empregos, aumentar as exportações e “obter mais reservas monetárias”.

Segundo o acordo com o FMI, o país sul-americano deverá reduzir o défice fiscal primário este ano para 2,5% do produto interno bruto (PIB) – de 3% em 2021 – e a assistência monetária do Banco Central ao Tesouro para 1% do PIB – de 3,7% em 2021.

Além disso, deverá acrescentar 5,8 mil milhões de dólares (5,5 mil milhões de euros) às reservas do Banco Central, num cenário de escassez de moeda estrangeira.

A economia argentina conseguiu crescer 10,4% no ano passado, após três anos de grave recessão, mas este ano a atividade perdeu vigor, enquanto se registou uma aceleração da inflação, um dos principais problemas macroeconómicos do país.

Na segunda-feira à noite, Batakis prometeu que irá enfrentar com múltiplos instrumentos a inflação, que descreveu como o “grande problema que devora a vida dos argentinos”.

Licenciada em Economia e mestre em Finanças Públicas Provinciais e ainda em Economia Ambiental, Batakis era secretária das Províncias, no Ministério do Interior, tendo exercido ainda o cargo de ministra da Economia da província de Buenos Aires entre 2011 e 2015.

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