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Eles melhoram a saúde global e a OMS decidiu premiá-los

Eles melhoram a saúde global e a OMS decidiu premiá-los

A Organização Mundial de Saúde (OMS) entregou os seis prémios do "Global Health Leaders Awards", que reconhecem contribuições excecionais na melhoria da saúde global, demonstrando a liderança e compromisso no tratamento de problemas de saúde regionais. Quatro pessoas, um grupo de voluntários e um projeto foram agraciados com esta distinção, numa cerimónia que começou a ser feita em 2019.

Um dos agraciados foi Paul Farmer, co-fundador e antigo colaborador do "Partners In Health", uma organização não-governamental criada em 1987 para prestar serviços de saúde, pesquisa e advocacia para aqueles que estão doentes e vivem em pobreza. Trabalha atualmnete em 12 países e emprega 18 mil pessoas. Paul Farmer faleceu em fevereiro de 2022, no Ruanda, e este prémio foi entregue postumamente à sua mulher, Wingdie "Didi" Bertrand.

Outros dos agraciados foi Ahmed Hankir, um psiquiatra com nacionalidade britânica e libanesa. Além da sua colaboração enquanto investigador na Universidade de Cambridge e no King"s College London, Ahmed Hankir desenvolveu o programa "The Wounded Healer", que mistura teatro e storytelling com a psicologia, um projeto que foi integrado no currículo médico de quatro universidades no Reino Unido.

As doenças invisíveis também fazem parte do trabalho de Ludmila Sofia Oliveira Varela, que advoga os direitos de atletas. Nascida em Cabo Verde, joga na equipa nacional de voleibol e tem-se empenhado em facilitar o acesso ao desporto para todos, uma forma saudável de contrariar comportamentos destrutivos nos jovens, diz a OMS. Ela faz sessões de treino semanais para os jovens na Cidade da Praia, abordando a ameaça crescente das doenças mentais, como a depressão.

O trabalho de uma vida no combate à lepra foi a razão pela qual o japonês Yōhei Sasakawa, embaixador da boa vontade da OMS foi distinguido pelo seu trabalho nos direitos humanos das pessoas afligidas pela doença. Durante mais de quarenta anos, Yōhei Sasakawa tem-se dedicado ao combate global da hanseníase, tal como os estigmas e a discriminação social que muitas das pessoas que têm esta condição sofrem.

Homenagear a dedicação de uma vida

A OMS também vai homenagear oito voluntários no combate porta-a-porta da poliomielite no Afeganistão, que foram mortos por guerreiros armados nas províncias de Takhar e Kunduz em fevereiro de 2022. Também vão condecorar a ASHA (Accredited Social Health Activist Workers), um grupo de mais de um milhão de mulheres voluntárias na Índia, cujo trabalho é garantir que a população que vive em pobreza rural tenha acesso aos cuidados de saúde primários.

O anúncio e a escolha dos nomeados foi feito por Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS, este domingo. "Numa altura em que o mundo está a enfrentar uma convergência sem precedentes de desigualdade, conflito, insegurança alimentar, uma crise climática e uma pandemia, este prémio reconhece aqueles que têm feito contribuições impressionantes na segurança e promoção da saúde em todo o mundo", afirma o diretor geral da OMS. "Estes nomeados encarnam a dedicação de uma vida, a advocacia incansável, um compromisso com a equidade e um serviço altruísta da humanidade."

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