jornaleconomico.ptjornaleconomico.pt - 25 jan. 19:40

PS e PSD acentuam troca de acusações, num dia sem animais de estimação e com o CDS-PP na Defesa

PS e PSD acentuam troca de acusações, num dia sem animais de estimação e com o CDS-PP na Defesa

Quando nos aproximamos do final da campanha eleitoral para as legislativas de 30 de janeiro, acentua-se a bipolarização entre PS e PSD, apoiada em sondagens que dão um empate técnico entre os dois partidos.

Quando faltam três dias para o final da campanha eleitoral, as intervenções voltam a insistir na bipolarização entre PS e PSD, com António Costa a focar-se na reconstrução de relações, depois de a aposta numa maioria absoluta se ter mostrado desastrada.

No dia em que a CDU ganha mais um reforço, no CDS-PP já se preparar o mandato no Ministério da Defesa.

Como tem acontecido, o Jornal Económico destaca três momentos da campanha.

Primeiro momento

Com as sondagens a apontarem para um empate técnico entre os dois maiores partidos – PS e PSD –, os seus líderes concentram-se em sublinhar o que os diferencia, regressando a bipolarização, mesmo que o pano de fundo seja sempre uma negociação pós-eleitoral. “Já se percebeu que vai ser preciso negociar qual será o governo da próxima legislatura, vai ser preciso negociar orçamentos”, explicou Catarina Martins, coordenadora do BE, em Vila de Prado, no distrito de Braga. Chegados aqui, a questão é saber quem ganha o direito de liderar a negociação e é isso que PS e PSD disputam.

No dia em que é divulgada uma sondagem – feita pela Aximage para o DN, o JN e a TSF – que coloca o PSD 0,6 pontos percentuais à frente do PS, com 34,4% das intenções de voto, o secretário-geral socialista, António Costa, procurou visar o presidente social-democrata, Rui Rio, acusando-o de esconder as políticas que pretende concretizar, se for governo, enquanto este acusa o primeiro de “faltar à verdade” sobre as suas declarações.

Aproveitando as sondagens, Rui Rio sublinha que o PSD está a crescer, que é mais provável que vença as eleições, e que o secretário-geral do PS deveria deixar o poder com elevação. “Acho que o doutor António Costa está efetivamente na iminência de perder as eleições. E acho que ele, por aquilo que fez na política ao longo de toda a sua vida, que tem uma carreira política muito longa, podia perdê-las com dignidade”, afirmou. António Costa responde dizendo que nunca há vitórias antecipadas. “Nunca viramos a cara à luta. E, quando a luta exige mais, então mais força tem o PS”, afirmou, em Matosinhos, utilizando as notícias de aproximação do PSD nas sondagens como um toque a reunir, mantendo uma absoluta confiança numa maioria relativa, depois de a insistência numa maioria absoluta se ter revelado desastrada.

Segundo momento

Depois de ter estado em isolamento, forçado pela Covid-19, o dirigente do PCP voltou esta terça-feira à campanha eleitoral, para uma viagem de elétrico entre a Praça da Figueira e o Cais do Sodré, em Lisboa, para assinalar a “conquista” da redução tarifária dos passes sociais – 30 euros para as deslocações em apenas um dos concelhos da Área Metropolitana de Lisboa e 40 euros para toda a área metropolitana. Na quarta-feira, regressa o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, para a corrida final até às eleições, depois de recuperado da cirurgia a que foi sujeito.

João Ferreira regressou, mas sozinho, sem o seu animal de estimação, que considerou “dispensável” no esclarecimento da população. Recusou, assim, trazer mais um elemento para a campanha eleitoral, para emparceirar com o gato Zé Albino, de Rui Rio, que motivou trocas de palavras entre o presidente do PSD e o secretário-geral do PS, António Costa, e que, tendo aparecido, pela mão do líder social-democrata, Twitter, continua a ser uma tendência naquela rede social, em Portugal. Não esteve sozinho, porque a sua intervenção na campanha revelou o gato Camões, de Rui Tavares, dirigente do Livre, ou a cadela Bala, do presidente da IL, João Cotrim de Figueiredo, sempre associados a respostas políticas. Há meses, a coelha Acácia, do presidente do Chega, André Ventura, tinha surgido com destaque, e já foi referência na campanha eleitoral. Agora, de raspão, a Naná e o Docas, os cães de António Costa, que já estarão habituados às suas ausências.

Depois de tudo isto, João Ferreira pediu elevação na campanha e, provavelmente, depois dela, para que as negociações para a governabilidade não sejam como refegas entre cães e gatos.

Terceiro momento

As negociações entre os diferentes partidos ainda não se concretizaram, mesmo se já tivemos momentos de campanha de afirmação da disponibilidade para conversar e, ainda, a discussão pública de pastas, o que, no caso do CDS-PP foi marcante. Há cinco dias, no debate radiofónico entre os partidos com representação parlamentar, ficou registada a disponibilidade do presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, para ser ministro da Defesa num governo liderado pelo PSD. “É uma questão de se ver, não seria a primeira vez que o CDS tinha o Ministério da Defesa”, respondeu o presidente do PSD, Rui Rio, que faltou ao debate para fazer campanha em Bragança. Para Rodrigues dos Santos, a questão está já vista, porque esta terça-feira, em Braga, num encontro com a Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra, garantiu que já tem proposta concretas, para “quando for ministro da Defesa”, numa solução parlamentar à direita.

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