observador.ptobservador.pt - 25 jan. 19:38

Carlos Moedas espera que "corra tudo bem" com votação do orçamento na Assembleia Municipal de Lisboa

Carlos Moedas espera que "corra tudo bem" com votação do orçamento na Assembleia Municipal de Lisboa

O presidente da Câmara de Lisboa considerou que a indicação da bancada socialista na Assembleia Municipal de se abster na votação do documento é "uma afirmação importante" e "muito positiva".

O presidente da Câmara de Lisboa disse, esta terça-feira, esperar que, após a aprovação do orçamento por parte do executivo, “corra tudo bem” na Assembleia Municipal, para que as medidas possam entrar em vigor “o mais depressa possível”.

“Vamos continuar o processo e é importante aqui o respeito pelas instituições […], portanto vamos para a Assembleia Municipal, vamos esperar que corra tudo bem, obviamente é o que queremos, mas lá estaremos para responder a todas as perguntas”, afirmou Carlos Moedas (PSD), referindo-se à votação do orçamento de Lisboa para 2022 por parte deste órgão deliberativo do município.

Em declarações à agência Lusa, após a viabilização do orçamento por parte do executivo camarário, graças à abstenção dos vereadores do PS, o presidente da Câmara de Lisboa considerou que a indicação da bancada socialista na Assembleia Municipal de se abster na votação do documento é “uma afirmação importante” e “muito positiva”, ressalvando que a governação PSD/CDS-PP está preparada para o escrutínio da proposta.

Sobre a implementação das medidas inscritas no orçamento, inclusive os transportes públicos gratuitos para residentes menores de 23 anos e maiores de 65 anos, o autarca do PSD explicou que, após a votação da proposta na Assembleia Municipal, agendada para quinta-feira, e caso seja viabilizada também nesse órgão, cada iniciativa tem que voltar a ser discutida em reunião de câmara, o que se pretende que aconteça “o mais depressa possível”

“Por exemplo, nos transportes públicos gratuitos estamos a trabalhar dia e noite para poder rapidamente trazer essa medida à reunião de câmara municipal e conseguir depois levá-la a bom porto, portanto ser executada. Mas, tudo isso vai demorar também o seu tempo, mas é o tempo da democracia que temos que respeitar”, referiu Carlos Moedas, admitindo ser “quase impossível” que entre em vigor em fevereiro, porque ainda é preciso negociar com a Carris, o Metropolitano e a TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa.

Carlos Moedas reage a aprovação de orçamento da C.M.L.

A expectativa do presidente da Câmara de Lisboa é que a medida dos transportes possa ser implementada até ao final do primeiro semestre deste ano, prazo que prevê também para outras iniciativas inscritas no orçamento, inclusive o plano de saúde gratuito para os mais carenciados com mais de 65 anos.

Sobre o “passo essencial” dado esta terça-feira com a aprovação por parte do executivo camarário do orçamento para 2022, que prevê uma despesa de 1,16 mil milhões de euros, o social-democrata realçou que a proposta “vem trazer não só uma continuidade, mas também uma disrupção com medidas muito importantes para Lisboa”.

Ainda sobre a interrupção da votação na quinta-feira, após o PS ter alertado para “um erro de 40 milhões de euros” na distribuição das verbas, nomeadamente para a habitação, o autarca do PSD disse que houve “uns dias de incerteza”, mas já “está tudo resolvido, portanto agora é olhar para a frente e não olhar para o passado”.

Câmara Municipal de Lisboa aprova orçamento municipal de 1,16 mil milhões de euros para 2022

Questionado sobre as verbas para a habitação neste orçamento, Carlos Moedas assegurou que a alteração que foi necessária fazer ao documento “não muda nada” em relação ao investimento nesta área, em que se prevê “um aumento de 30 milhões” de euros em relação a 2021, mas admitiu a “confusão” com a verba anunciada de 116 milhões de euros para habitação, em que uma parte é para creches e outros equipamentos.

“A questão é que esses 116 [milhões de euros] incluíam outras coisas, é verdade, ninguém tentou esconder isso, nem houve qualquer tentativa, nem má-fé, mas retirando essas coisas, retirando essa parte que não é habitação, mesmo assim há um aumento muito, muito, muito significativo na área da habitação”, reforçou.

Este é o primeiro orçamento municipal do mandato 2021-2025, sob a presidência do social-democrata Carlos Moedas, que governa a cidade de Lisboa sem maioria absoluta.

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