jornaldenegocios.pt - 27 out. 15:36
Pedro Reis: As pessoas já não vão lá com sebastianismos
Pedro Reis: As pessoas já não vão lá com sebastianismos
O ex-presidente da AICEP pega no exemplo dos resultados das autárquicas para frisar que 'as pessoas já estão com muito menos paciência' em relação à política.
O também economista foi o convidado de mais um episódio do podcast Conversas Visíveis e debruçou-se sobre aquilo que acredita ser a "política de futuro". Para Pedro Reis, os resultados das autárquicas mostram que "as pessoas já estão com muito menos paciência" em relação à política e que estão "com muito mais exigência".
O antigo líder da AICEP sublinha que "há aqui um vulcão, que é importante que seja bem direcionado, porque as pessoas já não vão lá só com sebastianismos, com o 'agora vem aí o próximo partido ou o próximo líder de um partido e vai endireitar isto'".
Numa conversa conduzida por Paulo Carmona e António Nogueira Leite, o economista conclui que "o modelo, como está, não chega para dar perspectiva às novas gerações" e que existe muita falta de vontade política. "Acho que isso é o que está no cerne e é a +unica explicação que eu vejo para não irmos mais longe."
Poderá ouvir a conversa na íntegra, a partir de quinta-feira, no site do Jornal de Negócios ou nas plataformas Spotify e Apple. Para os assinantes premium, a entrevista ficará também disponível em formato de vídeo.
O que são as Conversas Visíveis?
As Conversas Visíveis são um novo projeto que é complementar da Mão Visível, o espaço de opinião que junta Álvaro Nascimento, António Nogueira Leite, Joaquim Aguiar, Jorge Marrão e Paulo Carmona. A cada quinze dias, dois destes colunistas vão conduzir um entrevistado pelos "mistérios da estrada da democracia em Portugal".
As Conversas Visíveis procuram identificar o que está na sombra da política, o que se esconde nos discursos e nas decisões, mas que acabará sempre por se revelar na realidade efetiva das coisas. O compromisso assumido pela equipa da Mão Visível é o de que irá falar sobre as sombras e os mistérios da democracia portuguesa, onde se escondem os fatores que geram endividamento sem estimularem crescimento, onde se agravam as desigualdades sociais e onde persiste o crescimento da despesa pública e da expansão de funções do Estado.