sol.sapo.ptsol.sapo.pt - 22 jun. 19:35

Task-force e DGS mudam de ideias e vão antecipar vacinação de utentes e funcionários de lares que já estiveram infetados

Task-force e DGS mudam de ideias e vão antecipar vacinação de utentes e funcionários de lares que já estiveram infetados

Segundo a norma estipulada pela DGS, um recuperado de covid-19 poderá receber apenas uma vacina, em vez das duas doses obrigatórias, seis meses depois do contágio.

A task-force e a Direção-Geral da Saúde (DGS) decidiram antecipar para metade do tempo previsto a vacinação de idosos e funcionários de lares que estiveram infetados com o vírus há mais de três meses.

"Em virtude do risco acrescido da maioria deste universo, face à sua idade avançada, a "task force" da vacinação e a Direção-Geral de Saúde (DGS) avaliaram ser prudente abrir-se uma exceção ao previsto na norma 002/2021 e proceder à vacinação de todos os funcionários e utentes que foram infetados há mais de 3 meses (e não 6 meses)", avançou a task-force em comunicado.

Segundo uma fonte do grupo de trabalho que organiza a logística da vacinação indicou à agência Lusa, a Segurança Social detetou cerca de 8.600 pessoas por vacinar nos lares de idosos, dos quais utentes e funcionários. Cerca de 4.500 deste universo esteve infetado, enquanto 2.500 receberam apenas uma dose.

De acordo com a norma da DGS, as pessoas que venceram o vírus há pelo menos seis meses são vacinadas apenas com uma dose em vez das duas obrigatórias, uma vez que por já terem tido a doença, arrecadaram uma imunidade natural considerada boa à covid-19.

Para o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Lino Maia, as pessoas que recuperaram da infeção não deviam esperar seis meses para receber a vacina, defendendo que este compasso de tempo deveria ser reduzido para três meses.

"Eu não sou perito na área, mas gostaria que não estivéssemos à espera dos seis meses [para vacinar recuperados]. Gostaria que fosse à volta dos três meses porque seria uma medida preventiva que daria algum conforto", apontou Lino Maia à Lusa, esta terça-feira.

O presidente da CNIS também receia uma nova vaga de surtos nos lares portugueses "porque o estar vacinado não quer dizer que se esteja absolutamente imunizado, e também porque ainda há pessoas por vacinar, entre utentes e trabalhadores, pelo que há alguma fragilidade".

Esta terça-feira, a DGS confirmou à agência noticiosa a existência de seis surtos de covid-19 ativos em lares, com 54 infetados.

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