observador.ptobservador.pt - 21 jun. 22:03

Já em testes. Vem aí um BMW X5 movido a hidrogénio

Já em testes. Vem aí um BMW X5 movido a hidrogénio

Não era segredo que a BMW planeava lançar um eléctrico alimentado com a energia gerada a bordo com recurso a célula de combustível de hidrogénio. Os t...

Quase dois anos depois de ter surgido com o protótipo i Hydrogen NEXT, a BMW dá novo impulso ao projecto, anunciando que várias unidades de desenvolvimento estão a ser testadas com o objectivo de afinar a fórmula final com que o SUV baseado no X5 vai passar à versão de produção. Mas não há que alimentar grandes expectativas, em termos de números, pois a própria marca avisa que será fabricado um baixo volume de unidades, as quais deverão chegar ao mercado no final de 2022.

A motorização do futuro BMW X5 alimentado com a electricidade gerada a bordo, através de uma célula de combustível a hidrogénio, deita mão à tecnologia que já conhecemos do iX3. Só que enquanto o SUV mais pequeno entrega 210 kW (286 cv) e 400 Nm, no caso do X5 a potência aumenta para 275 kW (374 cv) – nem mais, nem menos que a potência oferecida pelo mais enérgico seis cilindros em linha da marca.

Ao invés de ir buscar a energia de que necessita a uma bateria, o X5 a fuel cell produz a electricidade que alimenta o motor eléctrico através da reacção química que é despoletada no contacto do hidrogénio com o oxigénio que existe no ar. E, tal como um ve��culo a combustão convencional, possui um depósito para armazenar o combustível. Neste caso, o gás a uma pressão de 700 bar. No total, 6 kg de hidrogénio são distribuídos por dois tanques de plástico reforçado com fibra de carbono, sendo a célula capaz de produzir 170 cv/125 kW. Mas, pelo escape, só sai vapor de água.

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O construtor bávaro ainda não oferece quaisquer pistas acerca da autonomia, mas é de esperar que a BMW não queira ficar para trás de marcas como a Hyundai ou a Toyota, as que mais decididamente têm apostado em viabilizar esta tecnologia. A primeira alcança 666 km com o Nexo, ao passo que o novo Mirai anuncia 650 km em WLTP. Depois, a BMW recorre a células de combustível que resultam do acordo de cooperação estabelecido em 2013 com a Toyota. O fabricante alemão assume que as células “individuais” são fornecidas pelo construtor nipónico, mas realça que a pilha e o sistema de tracção foram projectados in-house.

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Embora esteja a dar novo passo em frente no domínio do hidrogénio, a BMW não parece muito crente no potencial imediato desta tecnologia para veículos eléctricos. Reconhece, isso sim, que este tipo de solução poderá fazer sentido em “classes de veículos maiores” e que, “a longo prazo”, afigura-se como uma alternativa interessante para “complementar” a oferta da marca.

Os testes em estrada, com engenheiros de desenvolvimento, visam permitir avaliar em condições reais o chassi, a mecânica, a electrónica e o desempenho, com o objectivo de atestar a eficiência, segurança e a confiabilidade de todos os componentes.

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