observador.ptobservador.pt - 21 jun. 22:26

Os "olés" vindos da bancada não quebraram a lei do mais forte (a crónica do Finlândia-Bélgica)

Os "olés" vindos da bancada não quebraram a lei do mais forte (a crónica do Finlândia-Bélgica)

Belgas venceram por 2-0 e terminaram o grupo com três vitórias noutros tantos jogos. Finlandeses não apresentam o melhor futebol mas mesmo assim ficar...

Ouviram-se “olés”, esta segunda-feira, em São Petersburgo. Não que tenham existido grandes “banhos de bola”, mas sim uma grande exibição por parte dos adeptos finlandeses que, entusiasmados pela bela estreia que a sua equipa está a ter em Europeus, aproveitaram várias ocasiões para gritar “olé”. Isto, claro, quando os jogadores conseguiam trocar a bola, o que não aconteceu assim tantas vezes.

Mas fora esse cântico, foram os demais que impressionaram. Noventa minutos sempre a cantar, a apoiar incessantemente os seus rapazes, que bem precisaram desse apoio, pois passaram, sem surpresa, grande parte do tempo a defender. A Bélgica, mesmo com várias alterações no onze inicial, mostrou-se como se tem mostrado: com bola.

No entanto, e mesmo sendo difícil enfrentar uma equipa muito recuada, os belgas ficaram a dever a si mesmos alguma velocidade nos processos. Da primeira parte, apesar de craques como De Bruyne, Hazard, ou o “pivô” Lukaku (já lá vamos), o destaque vai para o muito jovem Doku, que trouxe irreverência e velocidade aos corredores belgas, fazendo uma excelente exibição. Foi precisamente Doku, já em cima do intervalo, que criou o lance mais perigoso, mas negado por uma excelente defesa de Hradecky.

E o primeiro lance de perigo no segundo tempo, com as equipas mais espalhadas no campo e a tentarem jogar com mais rapidez, resultou novamente numa grande defesa de Hradecky, desta vez após remate de Hazard. Passados poucos minutos, golo anulado a Lukaku por posição irregular, por escassos centímetros.

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Aos 75′, sem grande surpresa, surge o golo belga, na sequência de um pontapé de canto batido por De Bruyne. Vermaelen cabeceou à trave e Hradecky, com algum azar, acabou por colocar a bola na própria baliza. Passados seis minutos, bola no “pivô” Lukaku (jogada já clássica da Bélgica) e o avançado do Inter vira-se dentro da área e remata forte, para o 2-0.

???????????? FINAL | ???????? Finlândia ???? Bélgica ????????

"The sound of inevitability" chegou na segunda parte pela locomotiva belga ????
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— GoalPoint.pt (@_Goalpoint) June 21, 2021

Ouviram-se “olés” e o melhor jogo foi mesmo esse, o da bancada. Em campo, foi a lei do mais forte, perante finlandeses esforçados (até acabaram o Grupo B em 3.º). Mesmo sem grandes exibições, a Bélgica segue em frente com nove pontos. Melhor era impossível.

O jogo a três toques Para recordar

Começa a tornar-se hábito: mais um jogo da Bélgica, mais um golo de Lukaku. Há muito mais a ter em atenção num avançado do que os remates certeiros, mas ao fim ao cabo acabam por viver disso, o que faz com que o dianteiro do Inter tenha mérito a dobrar. A jogar basicamente como “pivô”, mas também muito perigoso quando embalado com a bola nos pés, o avançado belga até foi sendo bem defendido, mas quando se conseguiu virar decentemente dentro da área, deu golo. É um perigo para as defesas contrárias e vai continuar a sê-lo na fase a eliminar. Tem sido é MVP dos jogos e é o mais valioso da Bélgica, até agora.

Para esquecer

A Finlândia nem faz um mau Europeu, apesar de ter vencido a Dinamarca em circunstâncias muito especiais. Ao fim ao cabo, o que conta são os três pontos conquistados, e a equipa até termina em terceiro, mas o que mostra é muito curto para uma competição desta qualidade. Correm, defendem-se bem e não viram a cara à luta, mas é preciso mais futebol para ser competitivo de outra forma.

Para valorizar

Com o futebol a tornar-se cada vez mais analítico, pensado e estudado, é sempre uma lufada de ar fresco quando aparece um jogador irreverente, sem medo de arriscar. O belga Doku, jogador de 19 anos do Rennes, foi esse atleta esta noite. É até da sua autoria o maior lance de perigo da primeira parte, tendo sido o mais perigoso em lances de 1×1. É um jogador a ter em conta para os próximos anos. É veloz, tem técnica e muitas decisões acertadas. Atenção a Doku.

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