observador.ptobservador.pt - 22 jun. 00:47

Pela primeira vez desde 1988 não haverá distribuição de preservativos entre atletas nos Jogos Olímpicos

Pela primeira vez desde 1988 não haverá distribuição de preservativos entre atletas nos Jogos Olímpicos

Para que o evento seja mais seguro, não serão distribuído preservativos entre os desportistas, mas os atletas podem beber álcool — desde que seja para...

É quebra de uma tradição: pela primeira vez em décadas não haverá distribuição de preservativos nos Jogos Olímpicos. O comité organizador do evento em Tóquio afirmou no passado domingo que os atletas terão permissão para consumir bebidas alcoólicas nos seus aposentos, mas não serão distribuídos preservativos — algo que acontece desde 1988. As medidas surgem como uma forma a controlar a propagação da Covid-19.

Foi em 1988 que o Comité Olímpico Internacional (COI) entregou pela primeira vez preservativos aos desportistas, como intuito prevenir doenças sexualmente transmissíveis — como a SIDA — que na altura estava a ficar cada vez mais conhecida. Já as bebidas alcoólicas são permitidas, mas apenas para consumo pessoal e dentro dos quartos, na Aldeia Olímpica, segundo a Kyodo News.

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Quase 9 em 10 japoneses são contra a realização dos Jogos. Tóquio, que está em estado de emergência desde o final de abril, vai passar a um quase estado de emergência a partir desta segunda-feira, que deverá durar até ao dia 11 de julho. A ideia do governo é permitir a entrada a 20 mil pessoas na cerimónia de abertura, que está marcada para o dia 23 de julho, e deve ser criada um espaço separado para oficiais relacionados com os Jogos Olímpicos, mas ainda não é certo.

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A proibição de estrangeiros nas bancadas já era conhecida e vão ser permitidos até 10.000 pessoas nas bancadas, desde que não seja ultrapassada a marca dos 50% da sua capacidade total. Mas os delegados e patrocinadores vão ser classificados como organizadores e, portanto, não serão incluídos no limite dos 10.000 espectadores. As pessoas não podem gritar, falar alto e a utilização da máscara é obrigatória, de acordo com a BBC News.

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A decisão de permitir os espectadores vai ao encontro a um relatório, publicado na semana passada por especialistas médicos japoneses, que afirma que a realização dos Jogos com as bancadas vazias é a opção mais segura e mais desejável.

“Há tantos casos, nacional e internacionalmente [de] eventos desportivos com espectadores”, disse o presidente do comité organizador, Seiko Hashimoto. “Com medidas rigorosas e com base nos critérios do governo, acreditamos que podemos realizar os Jogos com espectadores”, diz.

Um membro da equipa olímpica de Uganda testou positivo à Covid-19 ao chegar ao Japão e a sua entrada foi negada. Este foi o primeiro caso (conhecido) de infeção entre as equipas que irão participar na cerimónia.

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