jornaldenegocios.pt - 15 abr. 07:48
Europa em recordes, com metais a impulsionarem, Juros e euro recuam
Europa em recordes, com metais a impulsionarem, Juros e euro recuam
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
As bolsas europeias encerraram quase generalizadamente em alta, com novos máximos históricos. O otimismo dos investidores perante a época de divulgação das contas trimestrais ofuscou os receios quando a atrasos nos programas de vacinação contra a covid-19 depois dos reveses das vacinas da AstraZeneca e da Johnson & Johnson e quanto ao aumento de casos de infeção na Ásia.
O Stoxx 600 encerrou a subir 0,54% para 438,91 pontos, o que constituiu um novo recorde de fecho. Durante a sessão atingiu um máximo histórico nos 439,14 pontos.
Tratou-se da terceira sessão consecutiva de ganhos do Stoxx 600.
O setor mineiro foi o que teve melhor desempenho, com um ganho agregado de 1,5%, impulsionado pelo aumento dos preços dos metais, incluindo do alumínio e minério de ferro. Cotadas como a Rio Tinto e a BHP estiveram entre as melhores performances.
Por seu lado, a GlaxoSmithKline sustentou as cotadas do setor da saúde (+1,1%), depois de informações de que o investidor ativista Elliott Management comprou uma posição na farmacêutica.
Com os juros da dívida hoje a cederem terreno, o setor da banca cedeu terreno (-1,3%), seguido de perto pelas seguradoras (-0,6%).
Entre os principais índices da Europa, o alemão Dax somou 0,3%, o francês CAC-40 valorizou 0,4% e o britânico FTSE 100 subiu 0,6% para máximos de fevereiro do ano passado.
Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,2%.
Pela negativa, com descidas muito marginais, destaque para o italiano FTSEMIB e para o espanhol Ibex, que recuaram 0,2%.
"Esta quinta-feira, os mercados europeus negociaram em território verde, com o otimismo dos investidores a crescer após a última série de resultados corporativos", sublinhou Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades, na sua análise diária.
O consenso de mercado antecipa que os lucros das cotadas do Stoxx 600 tenham subido mais de 50% no primeiro trimestre – isto depois de uma queda de quase 40% no mesmo período de 2020.
16h37 Euro perde terreno face ao dólarA moeda única da União Europeia está a desvalorizar em relação ao dólar norte-americano. O euro cede 0,11% nesta sessão para os 1,1967 dólares.
Em sentido contrário, a libra esterlina está a ganhar força face à nota verde, a subir 0,07% para os 1,3789 dólares.
O "ouro negro" segue a negociar em ligeira alta, com menos ímpeto do que ontem mas ainda e torno de máximos de um mês, animado pelas previsões mais positivas para a procura por parte da AIE e da OPEP numa altura em que as economias começam a recuperar da pandemia de covid-19.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em junho soma 0,10% para 63,21 dólares por barril.
Já o contrato de junho do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, ganha 0,29% para 66,77 dólares.
Apesar de as subidas serem menos expressivas do que na quarta-feira, a matéria-prima prossegue assim a senda altista, impulsionada pela melhoria das previsões para o consumo.
Ontem, a Agência Internacional de Energia (AIE) estimou que a procura e a oferta de petróleo a nível mundial devem reequilibrar-se na segunda metade deste ano e que os produtores poderão ter de bombear mais dois milhões de barris por dia para atenderem ao consumo esperado.
Um dia antes, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reviu em alta de 70.000 barris por dia as suas estimativas para a procura global, face às projeções feitas em março, esperando agora que a procura mundial aumente em 5,95 milhões de barris diários este ano.
16h32 Juros recuam com foco a emissão irlandesa de dívida a 20 anosOs juros das dívidas públicas nos países da Zona Euro apresentavam esta quinta-feira uma tendência de agravamento, o que, por exemplo, colocou mesmo a "yield" associada às obrigações soberanas de Portugal com prazo a 10 anos nos 0,428%, o valor mais elevado desde 1 de setembro de 2020.
No entanto, os investidores transferiram depois o foco para a emissão de dívida a 20 anos feita hoje pela Irlanda, que gerou uma procura de 35 mil milhões de euros e que permitiu colocar 3,5 mil milhões de dívida. Este leilão seguiu-se a outras emissões de longo prazo feita pela Áustria e Espanha nesta semana e feita pela Itália na semana passada.
As vendas a retalho nos Estados Unidos registaram, em março, o maior crescimento mensal em 10 meses, o que volta a indiciar sinais positivos de recuperação da maior economia mundial e o que contribui para os investidores mostrarem menor apetência pela procura de ativos de refúgio, o que reduz o apetite por títulos de dívida.
A taxa de juro referente às obrigações de Portugal com maturidade a 10 anos segue agora a cair 3,8 pontos base para 0,384%, enquanto a "yield" correspondente aos títulos de Espanha com o mesmo prazo recua 3,7 pontos base para 0,375%.
Já os juros relativos à dívida soberana a 10 anos da Itália e da Alemanha caem pela quarta sessão consecutiva, estando a "yield" transalpina a afundar 6 pontos base oara 0,732% e a "yield" germânica a aliviar 3 pontos base para -0,290%.
O ouro transaciona esta quinta-feira em máximos de 26 de fevereiro e a prata negoceia na cotação mais alta desde 22 de março, com os dois metais precisos a aproveitarem a depreciação do dólar para subirem.
O ouro aprecia 1,74% para 1.766,68 dólares por onça, enquanto a prata sobe 1,85%, a terceira valorização consecutiva.
A contribuir para estas valorizações estão as descidas do dólar e também das "yields" das dívidas públicas, tornando mais atrativa a aposta dos investidores em ativos considerados seguros, tal como o ouro.
A aceleração das vendas a retalho registada, em março, nos Estados Unidos, para a maior subida em 10 meses alcançada graças às medidas de desconfinamento, refletiu-se na quebra do dólar.
Os três principais índices dos Estados Unidos abriram a sessão desta quinta-feira em alta, com os investidores focados nos dados relativos ao emprego, nas vendas a retalho e também na temporada de resultados que continua em vigor.
Por esta altura, o Dow Jones ganha 0,71% para os 33.970,75 pontos, o que representa um novo máximo histórico.
O S&P 500 avança 0,72% para os 4.154,06 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite - que ontem sofreu uma queda mais robusta do que os pares - ganha 1,04% para os 14.001,67 pontos.
As vendas a retalho dispararam 9,8% em março deste ano, com os estímulos adicionais - como o cheque de 1.400 dólares como parte do plano de 1,9 biliões de dólares da administração Biden - a impulsionaram o consumo na maior economia do mundo, de acordo com os dados divulgados hoje pelo departamento do Comércio. O número fica acima dos 6,1% estimados pelo Dow Jones.
Para além dos números referentes às vendas a retalho, os dados sobre os novos pedidos de desemprego mostraram que o mercado laboral está a recuperar. Isto porque o número de novos pedidos do subsídio de desemprego no país registou 576 mil pedidos na semana terminada a 10 de abril, o mais baixo desde março do ano passado.
O terceiro grande foco dos investidores está a ser a temporada de resultados. Depois de JP Morgan, Goldman Sachs e Wells Fargo terem mostrado uma subida de três dígitos nos lucros do primeiro trimestre, hoje foi a vez de outros bancos como o Citigroup mostrarem números acima do esperado.
Para além do setor da banca, empresas como a Pepsi (0,3%) subiram, à boleia dos números divulgados antes do início da sessão de hoje.
O ouro, um ativo considerado de refúgio pelos investidores, está hoje a valorizar à boleia dos comentários de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, sobre a previsão para a política monetária do banco central.
O metal precioso ganha 0,61% para os 1.746,89 dólares por onça, depois de Powell ter dito que iria recuar a velocidade do seu programa de compra de ativos de emergência antes de fazer qualquer alteração Às taxas de juro diretoras.
O euro está a apreciar frente ao dólar norte-americano pela quarta sessão consecutiva, o que representa o maior ciclo de ganhos face a esta moeda rival desde dezembro do ano passado.
A moeda única da União Europeia sobe 0,01% para os 1,1981 dólares, ao passo que a libra continua também a sua senda de vitória, ao valorizar 0,09% para os 1,3779 dólares.
Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro estão novamente a cair na manhã desta quinta-feira, com a procura pelos leilões de dívida nos Estados Unidos ainda a animarem os investidores do mercado de dívida.
O leilão de dívida a 30 anos nos Estados Unidos mostrou ser um sucesso, com a procura a superar mais de duas vezes a oferta.
Hoje, os juros da Alemanha a dez anos estão a perder 0,8 pontos base para os -0,269%, enquanto que os juros de Itália com a mesma maturidade estão a perder 1,8 pontos base para os 0,779%, diminuindo o "spread" entre ambos - uma medida que toma o pulso ao risco do mercado de dívida na região.
Na Península Ibérica, os juros de Portugal e Espanha caem cerca de 1 ponto base, depois de ontem a "yield" nacional ter tocado em máximos de setembro do ano passado.
Os preços do petróleo estão a negociar de forma estável na abertura de sessão desta quinta-feira, depois de os dados sobre a queda do inventário armazenado nos Estados Unidos dar sinais de que a procura está a melhorar.
Por esta altura, o Brent e o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) estão a negociar na linha de água nos 66,57 dólares e 63,13 dólares, respetivamente.
O "stock" de barris de petróleo derrapou para o mínimo em quase dois meses na semana passada e a previsão da procura melhorou, de acordo com os relatórios da OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo) e da Agência Internacional de Energia.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa - está a renovar máximos históricos na sessão desta quinta-feira, com o otimismo em torno dos resultados empresariais a ofuscar os receios com a propagação da covid-19 e os atrasos nos planos de vacinação.
O índice ganha agora 0,2% para os 437,40 pontos, mas já superou a barreira dos 437,70 pontos, o que representa um novo máximo histórico. O setor das empresas de extração de minério vão liderando os ganhos entre os setores, enquanto que as petrolíferas e os bancos perdem fôlego.
Esta é a segunda semana consecutiva em que o índice de referência para a Europa renova máximos históricos, com os estímulos monetários e o plano orçamental nos Estados Unidos a darem boas perspetivas de uma recuperação económica, mesmo que na Europa, o cheque orçamental continue por chegar aos países.
Ainda assim, existem preocupações quanto aos planos de vacinação contra a covid-19, depois de a toma da vacina da Johnson & Johnson ter sido suspensa nos Estados Unidos e de alguns países, como a Dinamarca, estarem a pôr de lado a vacina elaborada pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford.
Os futuros das ações europeias estão a negociar em queda na pré-abertura desta quinta-feira, depois de ontem as maiores bolsas de Wall Street terem ofuscado os bons resultados da banca, devido a uma queda no setor tecnológico, proporcionada pela estreante Coinbase.
Por esta altura, os futuros do Stoxx 50 - índice que agrupa as 50 maiores empresas da região - estão a cair 0,1%, contrariando a tendência registada nos futuros do norte-americano S&P 500, que avança 0,2%. Na Ásia, os principais índices viveram mais uma sessão sem uma tendência definida, oscilando entre perdas de 0,8% em Hong Kong e ganhos de 0,3% no Japão.
Na China e em Hong Kong as quedas foram proporcionadas pelo banco central de Pequim que está a fazer um esforço para conter a subida da alavancagem dos bancos da região.
As tensões entre os Estados Unidos e a Rússia estão a concentrar também a atenção dos investidores, depois de a administração de Joe Biden, líder da Casa Branca, ter dito que ia agir contra os cidadãos e as entidades de Moscovo por alegada manipulação das eleições presidenciais norte-americanas.
Ainda assim, as ações a nível global continuam a negociar perto de máximos históricos e os investidores estão a acompanhar de perto a atual época de resultados, que teve início ontem em Wall Street, numa altura em que as previsões apontam para fortes subidas nos lucros.
Ontem, JP Morgan, Goldman Sachs e Wells Fargo viram os seus lucros escalaram em torno dos 400%, em termos homólogos.