jornaleconomico.sapo.pt - 15 abr. 08:43
Myanmar: Exército termina protesto de pessoal médico com tiros
Myanmar: Exército termina protesto de pessoal médico com tiros
Myanmar celebra o Ano Novo Budista desde terça-feira, mas as celebrações tradicionais foram suspensas em muitos lugares e os protestos em diferentes partes do país estão a encher as ruas.
As forças de segurança de
Mandalay:
Terrorists (#Myanmar security forces) destroyed cars during a violent crackdown on protesters in 34 x 76 Streets. #WhatsHappeningInMyanmar #Apr15Coup #MilkTeaAlliance pic.twitter.com/UK7jElqwRK
— Ro Nay San Lwin (@nslwin) April 15, 2021
A brutalidade das forças de segurança provocou severas críticas e sanções por parte da União Europeia e de países como os Estados Unidos, o Reino Unido e o Canadá, embora a comunidade internacional não tenha conseguido chegar a acordo sobre ações comuns, tais como um embargo de armas.
Segundo dados da Associação de Assistência aos Prisioneiros Políticos (AAPP), pelo menos 714 pessoas morreram devido à repressão militar, enquanto mais de 3.000 pessoas foram detidas, incluindo a líder governamental deposta e Prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi.
O exército birmanês justificou o golpe de Estado com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro passado, em que o partido da ex-líder civil Aung San Suu Kyi, de 75 anos, venceu, e que foram consideradas legítimas pelos observadores internacionais.
Prémio Nobel da Paz em 1991, Suu Kyi, que chefiava de facto o Governo birmanês e foi afastada do poder, está em prisão domiciliária em Naypyidaw desde o golpe militar.