jn.pt - 15 abr. 08:14
Covid tirou 3,2 mil milhões de euros ao alojamento turístico em 12 meses
Covid tirou 3,2 mil milhões de euros ao alojamento turístico em 12 meses
Entre janeiro e fevereiro deste ano, espaços hoteleiros, locais e rurais perderam quase 320 milhões de euros.
Um ano de pandemia "roubou" mais de três mil milhões de euros em proveitos totais às unidades de alojamento para turistas (hotelaria e alojamento local com dez camas ou mais e turismo em espaço rural).
Apenas entre janeiro e fevereiro deste ano, os referidos estabelecimentos perderam quase 320 milhões.
No início de 2020, houve mais hóspedes, dormidas e proveitos, mas março foi o mês de inversão. Com grande parte da Europa já confinada, o primeiro estado de emergência entrou em vigor a 19 de março.
Abril e maio foram meses em que a maioria dos hotéis estiveram fechados. A caminho do verão, e acompanhando o desconfinamento, as unidades foram abrindo e recebendo turistas. O verão foi distinto de outros anos, mas ainda assim contou com turistas nacionais e estrangeiros. O inverno, sem grandes eventos e com uma Europa quase fechada, voltou a ser sinónimo de muitas unidades encerradas. No início deste ano, um novo confinamento foi decretado.
Contas feitas a 12 meses de pandemia (entre março de 2020 e fevereiro de 2021), é possível perceber a dimensão da fatura. Os alojamento para turistas registaram oito milhões de hóspedes, longe dos mais de 24,8 milhões de um ano antes, segundo o Instituto Nacional de Estatística.
Sem dormir
PUBCom uma queda de quase 71% nos hóspedes, as dormidas também afundaram (-72%). No acumulado dos 12 meses, as unidades para viajantes registaram pouco mais de 20 milhões de dormidas, muito distante dos mais de 70,8 milhões entre março/2019 e fevereiro/2020. Antes da covid, o turismo interno era responsável por cerca de um terço da atividade turística em Portugal. Nos últimos 12 meses, as dormidas dos nacionais, embora dominantes, caíram cerca de 44%.
Queda de 70%
Os proveitos totais (que além dos de aposento incluem os que provêm da restauração, aluguer de salas, etc.) afundaram mais de 70% nos 12 meses de pandemia, tendo-se ficado pelos 1,1 mil milhões de euros, segundo os números do INE.
A mesma tendência
No acumulado do período homólogo anterior, os proveitos totais tinham ascendido a mais de 4,3 mil milhões de euros. Registou-se assim uma queda de quase 74%. Durante a pandemia, os proveitos de aposento foram o que mais contribuíram para os proveitos totais. Já este ano, os proveitos totais rondaram os 51,2 milhões, contra os 370 milhões de janeiro e fevereiro do ano passado.