jornaleconomico.sapo.ptjornaleconomico.sapo.pt - 14 abr. 19:10

EDP. Acionistas aprovam salário de Miguel Stilwell que pode atingir os 1,4 milhões por ano

EDP. Acionistas aprovam salário de Miguel Stilwell que pode atingir os 1,4 milhões por ano

O novo presidente da EDP vai receber por ano 800 mil euros brutos de remuneração fixa, podendo atingir os 1,4 milhões de euros se cumprir várias metas.

Os acionistas da EDP aprovaram esta quarta-feira, 14 de abril, o salário que o novo presidente executivo da EDP vai auferir anualmente até 2023.

A remuneração do presidente da EDP, e dos restantes membros do Conselho de Administração Executivo (CAE), foi aprovada por 98,58% dos acionistas presentes na assembleia-geral da EDP que teve lugar esta quarta-feira, 14 de abril, apurou o JE. Nesta reunião esteve presente 74,4% do capital social da elétrica portuguesa.

A proposta em cima da mesa prevê uma remuneração base anual de 800 mil euros brutos paga em 14 mensalidades. Já a remuneração variável poderá atingir os 80% da remuneração base, isto é, 640 mil euros, se cumprir várias metas. Como líder da maior empresa da bolsa de Lisboa, Miguel Stilwell de Andrade pode vir a receber 1,44 milhões de euros por ano.

“A política de remunerações do Conselho de Administração Executivo passou a estar mais alinhada com as melhores práticas de mercado, designadamente no que se refere à componente variável plurianual na
medida em que passa a ser auferida em ações e com diferimento no pagamento, tendo sido reforçada a ponderação dos indicadores de desempenho de ESG [ambientais, sociais e de boa práticas de governação] tanto na avaliação anual como na plurianual”, disse hoje a elétrica em comunicado divulgado ao final desta tarde.

Já os restantes membros do CAE (Rui Teixeira, Miguel Setas, Vera Pinto Pereira e Ana Paula Marques) vão ter direito a remuneração base anual de 560 mil euros. Se cumprirem várias metas vão ter direito, no máximo, a 80% do valor da remuneração base, isto é, 448 mil euros. Os administradores podem assim levar para casa anualmente um valor acima de um milhão de euros.

Mas para atingir este valor máximo de 80% da remuneração base anual é preciso atingir várias metas, tanto para o presidente da EDP, como para os restantes administradores.

“Se o desempenho registado atingir mais de 110% dos objetivos fixados, é devido o montante correspondente a 80% da remuneração fixa de referência de cada um dos membros do CAE”, segundo a proposta que foi hoje levada à AG de 14 de abril.

No caso de o desempenho ficar entre 100% e 110%, a remuneração cai para um montante situado no intervalo de 52,5% a 80% da remuneração fixa. No caso do desempenho ficar entre 95% e 100% dos objetivos, a remuneração cai para um intervalo entre 25% a 52,5% da remuneração fixa.

Nas situações em que o desempenho atingir entre 85% a 95% dos objetivo fixados, os administradores têm direito a um montante entre 10% a 25% da remuneração fixa. Por fim, se o desempenho ficar abaixo dos 85% dos objetivos fixados, “não há lugar à atribuição de componente variável anual”.

O novo presidente da EDP recebeu um salário total de 1,565 milhões de euros brutos em 2020. Este valor é repartido pela remuneração fixa (660 mil euros), mais a remuneração variável referente a 2019 (391 mil euros), mais a remuneração variável plurianual de 2017 (514,9 mil euros).

Miguel Stilwell de Andrade assumiu o cargo de forma interina em julho de 2020 depois de António Mexia ter sido suspenso de funções por decisão judicial relativa ao processo dos CMEC. Por ter assumido o cargo interinamente, manteve o seu salário de administrador financeiro durante 2020.

Já o seu antecessor no cargo, António Mexia, levou para casa em 2020 um total de 2,3 milhões de euros: 970 mil euros de remuneração fixa, mais 554 mil euros de remuneração anual variável referente a 2019, e 848 mil euros de um valor variável plurianual referente a 2017, mas pago no ano passado.

Apesar da sua saída, e a eleição de Miguel Stilwell de Andrade, a EDP vai continuar a pagar 800 mil euros por ano durante três anos a António Mexia: um total de 2,4 milhões de euros até 2023. Este acordo de não concorrência serve para manter o gestor longe de outras empresas do sector.

Por sua vez, João Manso Neto, histórico líder da EDP Renováveis e que deixou a empresa em 2020, auferiu 2,262 milhões de euros no ano passado: 654,8 mil euros em ordenado fixo, mais 393,8 mil em remuneração variável referente a 2019, e 607 mil euros em remuneração variável plurianual referente a 2019, mas paga em 2020. O gestor teria direito a ganhar 560 mil euros por ano nos próximos três anos num acordo de não concorrência, mas Manso Neto decidiu ‘rasgar’ este acordo e assumiu a liderança da Greenvolt, a nova empresa da Altri para o sector das energias renováveis.

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