observador.ptobservador.pt - 5 mar. 09:02

Em 2020, doentes graves demoraram mais tempo a ligar para o 112

Em 2020, doentes graves demoraram mais tempo a ligar para o 112

O tempo entre os primeiros sintomas e o pedido de socorro agravou-se em 2020, sobretudo na primeira vaga da pandemia. Apesar do menor número de ocorrê...

Apesar de, no ano passado, o INEM ter registado uma quebra de 13% no número de ocorrências, houve um aumento de pedidos de ajuda considerando os casos mais graves. Segundo o Jornal de Notícias, em 2020 aquele instituto recebeu mais chamadas por enfarte, acidente vascular cerebral (AVC) e paragem cardiorrespiratória. Outros dados revelam que o tempo entre os primeiros sintomas e o pedido de socorro agravou-se, sendo que o impacto maior foi sentido na primeira vaga da pandemia.

As chamadas para o 112 a propósito de episódios de paragem cardiorrespiratória subiram 12% (ao todo, foram 21.997 ocorrências em 2020). Foram 696 casos de enfarte encaminhados pelo INEM através da Via Verde Coronária (que encaminha as vítimas de enfarte agudo do miocárdio para os hospitais mais adequados) e 4.939 de AVC. Em 2020, são mais 27 casos de enfarte do que no ano anterior e mais 665 episódios de AVC.

O tempo médio entre o início de sintomas e a chamada de emergência aumentou nos enfartes para as 2.13 horas (mais 21 minutos do que em 2019) e nos AVC chegou-se às 3.45 horas, embora estes dados não sejam totalmente comparáveis, uma vez que, em fevereiro de 2019, houve uma alteração de critério: a inclusão de doentes da Via Verde AVC passou de seis para 24 horas desde o início dos sintomas, o que significou um aumento de doentes com critérios e também do tempo médio (em 2019, o tempo médio era 2.31 horas). Nos enfartes, o tempo mais alto foi registado em Bragança e em Vila Real e nos AVC em Évora e Viana do Castelo. Não há tempo médio para as paragens cardiorrespiratórias.

António Táboas, responsável pelos centros de orientação de doentes urgentes (CODU) do INEM, confirma ao jornal que houve um adiamento nos pedidos de ajuda face aos enfartes, provavelmente relacionado com o receio de atendimento nos hospitais. Ainda assim, não considera o aumento do tempo médio “significativo”, situação que agora está normalizada.

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