www.publico.ptpublico.pt - 26 jan. 05:19

Cartas ao director

Cartas ao director

Afinal quem ganhou?

O primeiro foi quem lançou o vencedor na Autoeuropa. Ganhou também Marcelo e com ele ganhou o PSD mas não sabe com quantos. Ganhou o PS mas também não sabe com quantos. Ganhou o CDS e também não sabe com quantos. Ganharam tantos outros por conveniência (os que não gostam de segundas voltas) mas também não se sabe por quantos. Ganhou Ana Gomes por ser a primeira das últimas. Ganhou o Chega ou o André(?) porque teve mais que a esquerda, onde inclui os liberais. Ganhou o João porque fez a campanha limpa. Ganhou a Marisa porque abriu a “corrente lábios vermelhos”. Ganhou a IL porque o que viesse era ganho. Ganhou o Tino porque teve mais do que um voto em relação às últimas presidenciais. Por fim, uma gargalhada para o CDS pela “rotunda vitória” em três frentes a julgar pelo sorriso orgulhoso do aluno ao professor.

José Rebelo, Caparica

Disrupções presidenciais

As eleições mostraram que a candidatura de Ana Gomes foi um erro de casting, até Herman José teria melhores resultados, com a certeza que daqui a cinco anos vão apostar no hacker Rui Pinto para Presidente da República. Antigamente, havia o “partido do táxi”, agora, o BE e o PCP prometem transformar-se no “partido do tuk-tuk”. Depois das inúmeras críticas aos jantares-comício de André Ventura, o líder do Chega desta vez cumpriu as recomendações da DGS e em nome do distanciamento social expulsou os jornalistas do hotel que servia de sede à noite eleitoral. Vitorino Silva ficou em último, perdeu na freguesia de Rans, sinal de que os eleitores estavam fartos de pão com manteiga e fiambre e quiseram patê. O CDS e o PSD parecem aqueles jovens que querem fazer parte de um grupo e aparecer a fim de ficar com os louros alheios. O partido da abstenção continua no vermelho e foi um dos grandes vencedores, prova de que aquele movimento de homens e mulheres a usar batom vermelho foi um sucesso!

Emanuel Caetano, Ermesinde

Desejo e profecia de esmagar

As presidenciais foram personalizadas, com uma antecipação de vitória com probabilidade máxima para o candidato a reeleger. A dúvida maior situava-se no grau de abstenção, motivada pelo receio de ir votar em ambiente de pico de pandemia. A vitória de Marcelo corresponde a um voto útil da maioria do eleitorado do PS, acrescido do voto de eleitores do PSD e de muitos outros eleitores simpatizantes da pessoa do presidente. A partidarização neste acto eleitoral foi menor do que no anterior. Os maus augúrios catastrofistas sobre os riscos de votar, o denegrir da campanha e mesmo a apologia do seu adiamento mediante apressada revisão constitucional revelaram-se infundados. Curiosa é a coincidente vanglória do caudilho avassalador do Chega e do líder moderado do PSD ao anunciarem ufanos, num uníssono desfasado, o “esmagamento” do PCP no Alentejo.  

José Manuel Jara

Terminou mais uma corrida

Terminou mais uma corrida no autódromo de Belém, na qual o vencedor foi o ás que anteriormente nele venceu. Marcelo - o nosso Fangio do costume, piloto de fábrica de onde saiu o fiável modelo que os opositores chamaram de “geringonça” -, mais uma vez dispôs da melhor máquina. Largou da pole position em primeiro lugar, sem mais o largar até à bandeirada final.

Os restantes seis corredores dispuseram de carros com menor cavalagem, pelo que por mais audácia que pusessem na condução, jamais conseguiriam vencer. Um deles, novato nestas andanças, dispôs de uma máquina bastante artilhada, a qual foi objecto de rigorosa inspecção técnica, pois, alvitrava-se que a mesma fugia aos regulamentos, o que não veio a provar-se.

Um outro piloto já repetente, que a todos fazia “rir” pelo seu fair play, voltou a competir com um modificado 2 cavalos muito alterado, conseguiu chegar ao fim e, novamente, em último lugar, mas disse-nos que “competir é o seu objectivo”.

José Amaral, Vila Nova de Gaia

Quem ganhou e quem perdeu?

Não restam dúvidas que houve dois vencedores nestas eleições. Para a Presidência ganhou Marcelo como já se previa. Para eleições futuras ganhou André Ventura, como também já se previa. Agora falta saber quem perdeu o que Ventura ganhou. Isso só se saberá ao certo quando voltar a haver eleições legislativas, mas parece-me que o CDS vai ser engolido. Quanto ao PSD se não disser ao Chega que já chega, também é capaz de dar um grande contributo ao “mestre” André.

Achei um piadão Rio dizer que o PS perdeu, porque não tinha candidato. Então não foi António Costa o primeiro apoiante de Marcelo? Também achei muita piada ao “Chicão”, que celebrou vitória. PSD e CDS nas ultimas eleições tiveram 32% juntos. É de crer que daqui saíram muitos votos para o André, logo a meu ver o PS contribuiu mais para a vitória de Marcelo do que a direita junta.

Quintino Silva, Paredes de Coura

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