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Dragão masoquista acaba jogo com os nervos em franja

Dragão masoquista acaba jogo com os nervos em franja

F. C. Porto passa teste no São Luís com golo de Taremi e isola-se no segundo lugar a um ponto do Sporting. Ineficácia azul foi combustível para o Farense.

Um jogo que esteve fácil para o F. C. Porto transformou-se num carrossel de emoções e obrigou o campeão a sofrer até ao fim para sair do mítico São Luís com os três pontos, que lhe permitem isolar-se no segundo posto, aproveitando o tropeção do Benfica, e ficar a um ponto do Sporting, que joga no Bessa na terça-feira. Este dragão carregou o modo masoquista, mas lá cumpriu a missão.

O encontro ganhou vida e criou desgaste emocional à equipa de Sérgio Conceição, o que ficou bem evidente no arrufo entre Loum e Pepe. O Farense, que tem uma estrutura bem desenhada, contou com um guarda-redes inspirado, Defendi, e conseguiu levar a decisão ao limite, tendo criado a melhor chance quando, na mesma jogada, viu a bola bater, por duas vezes, nos ferros da baliza de Marchesín (80 m).

O dragão, que apresentou a equipa mais forte, no contexto covid-19, portanto sem Sérgio Oliveira e Díaz, mas com Corona e Otávio em alta rotação, teve uma entrada fortíssima e chegou à vantagem ao minuto 15, por Taremi, que correspondeu a uma excelente iniciativa de Manafá. O Farense respondeu através de bolas paradas (cinco cantos na primeira parte) e reclamou penálti por mão de Corona (19 m). Até ao intervalo, o génio de Corona marcou o ritmo, mas o mexicano e Otávio, em boa posição, não foram eficazes. Taremi, isolado, quis oferecer o golo a Corona, mas Ryan Gauld, em esforço, limpou a jogada.

A segunda parte mostra um F. C. Porto sempre dominador, mas um Farense atrevido, a acreditar mais com o tempo e com o desperdício azul, nesse particular Otávio leva o prémio para casa, ao falhar quase de baliza aberta (65 m). Sérgio Vieira arriscou tudo e aproveitou o desconforto e quebra física dos dragões, criando a tal situação de golo em que a fortuna dos Deuses protegeram a baliza de Marchesín. Mbemba quase fazia autogolo e, na recarga, Hugo Seco desviou para a trave. Antes, outro susto com Pedro Henriques a isolar-se e a ser travado por Mbemba, mas o lance seria anulado por fora de jogo do brasileiro.

No final, o F. C. Porto garante o essencial, de fato-macaco, mas não precisava de ter sofrido tanto.

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Corona, um regalo a forma como trata a bola por tu. Teve lances geniais, que mereciam melhor sorte. O mesmo aplica-se a Otávio. Taremi volta a marcar e Rafael Defendi mostrou mãos de ferro.

Menos

A ineficácia do campeão podia ter saído caro. Zaidu desconcentrado em alguns momentos e Marega com menos fulgor. Fábio Nunes sentiu muitas dificuldades para proteger o corredor esquerdo.

Árbitro

Momento polémico ao minuto 19 com alegada mão de Corona. O VAR mandou jogar. Marega foi atingido por Cássio e o critério foi o mesmo. Critério largo em termos disciplinares.

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